O vice-presidente do Senado Federal, Jorge Viana (PT-AC), em entrevista à Rádio Senado, na manhã de terça-feira, 22, comentou sobre os 27 anos da morte do ambientalista Chico Mendes, celebrado na data de ontem.
O senador lembra que o movimento político realizado no Acre não teria ocorrido sem a acreaneidade e os ideais que moviam Chico Mendes.
“Chico Mendes era um visionário que sabia projetar para o futuro conquistas ainda não imaginadas para quem vive fora da floresta. Para ele, a floresta nunca foi o fim do mundo, mas sim o começo de um admirável mundo novo.”
Viana também defende a conservação e o uso da floresta amazônica como ativo econômico para o Estado. “Essa era uma preocupação dele. Chico acreditava que através da floresta poderíamos tirar da pobreza milhões de habitantes da região. Espero, de verdade, que sejam transformadas em políticas públicas.”
Ele destaca que 27 anos depois da morte de Chico Mendes, seus ideais ainda continuam sendo debatidos no mundo. “A maior prova de que Chico tinha razão é que muitos anos depois de sua morte, o mundo inteiro ainda se reúne para buscar meios de preservar a floresta. Um exemplo disso foi a realização da CPO 21.”
Jorge lembrou que o país comemora a redução em 80% em queimadas. “O Brasil só teve uma participação de destaque na COP 21 porque entendeu que a defesa de Chico em relação à floresta era verdadeira e importante. Na época dele, era comum essa prática. Agora, 27 anos depois, comemoramos a redução em 80% de queimadas. Essa batalha iniciou lá atrás, com o Chico.”
Por fim, o parlamentar salienta que os desafios pela frente ainda são enormes, porque o mundo já incorpora os conceitos que Chico Mendes ajudou a conceber.