Nesta quarta-feira, 23, a Prefeitura de Rio Branco realiza um arrastão de combate ao mosquito Aedes aegypti e orientações para as grávidas, no bairro Calafate, a partir das 8h. Para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da chikungunya e do zika, o Ministério da Saúde designou 1.593 agentes comunitários de saúde e 205 equipes entrarão em ação em 22 municípios para reduzir a incidência do transmissor dentro dos lares.
A Secretaria Municipal de Saúde, até o fechamento desta edição, não confirmou se haveria concurso ou novas contratações. Mas, ressaltou que o contingente de agentes de endemias é de 280. Muitos deles já chamados este ano.
Já sobre a quantidade de agentes comunitários atuando em Rio Branco são em torno de 520 profissionais. Com isso, são 800 pessoas apenas na Capital trabalhando na campanha.
Durante as visitas domiciliares, equipes de Saúde da Família realizarão ações de busca aos criadouros do mosquito e de orientação sobre as doenças transmitidas pelo vetor. Em todo o país, serão mais de 40 equipes.
A população também tem papel fundamental no processo de prevenção e controle da dengue, chikungunya e zika, com a adoção de medidas simples, como a eliminação de recipientes que podem acumular água e servir de criadouro para o mosquito Aedes aegypti.
“O envolvimento dos agentes comunitários e dos agentes de endemias é um esforço no combate ao mosquito e aos criadouros. Essa integração é fundamental para interromper o desenvolvimento do vetor e, portanto, impedir a infecção pela doença”, destacou o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame.
São medidas para mobilizar o trabalho de educação dentro das comunidades, além de engajar as famílias para o controle de vetores. As equipes de Saúde da Família, incluindo os 18.240 médicos do programa Mais Médicos vão orientar a população sobre sintomas, riscos e medidas de combate e prevenção contra o mosquito.
Os agentes comunitários também vão poder encaminhar os casos identificados como de risco epidemiológico para as equipes de endemias quando não for possível ação sobre o controle de vetores.
Atenção mulheres em idade fértil
As mulheres em idade fértil e casais que desejam engravidar serão orientados sobre os cuidados necessários para evitar infecção pelo vírus zika durante a gravidez. Os profissionais vão intensificar a busca ativa de gestantes para início oportuno do pré-natal e acompanhar o desenvolvimento dos nascidos com microcefalia. A realização do acompanhamento gestacional, prioritariamente com início no primeiro trimestre da gravidez, é fundamental para a identificação de fatores de risco, entre eles a infecção pelo vírus zika.
Os agentes comunitários de saúde deverão visitar gestantes a cada 30 dias, orientando para o cumprimento do calendário vacinal e o comparecimento às consultadas agendadas do pré-natal e, também, para medidas de prevenção e controle à infecção pelo vírus zika. Também cabe aos profissionais de saúde investigar e registrar na caderneta das gestantes, assim como no prontuário da mulher, a ocorrência de machas vermelhas, febre e infecção das pacientes, orientando a procurar os serviços de saúde no caso de apresentar os sinais e sintomas.
As orientações fazem parte do Protocolo de Atenção à Saúde e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika, que norteia o atendimento desde o pré-natal até o desenvolvimento da criança com microcefalia em todo o país. O planejamento prevê a mobilização de gestores, especialistas e profissionais de saúde para promover a identificação precoce e os cuidados especializados da gestante e do bebê.
Atenção para quem vai viajar durante as férias
As medidas de combate ao Aedes aegypti devem ser reforçadas nas férias e festas de fim de ano, período marcado por chuvas em muitos estados do país e com maior circulação de pessoas.
Além disso, as ações de prevenção em casa para evitar a proliferação do mosquito devem ocorrer antes de sair de férias. Para reforçar a importância de eliminar os focos do mosquito, o Ministério da Saúde recomenda aos viajantes que, antes de saírem de suas casas façam uma vistoria para eliminar os recipientes que possam acumular água parada e servir como criadouro do mosquito.
“A ação mais efetiva é eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti. Por isso, é importante fazer um grande apelo à sociedade: antes de sair de férias, descarte corretamente latas, garrafas, embalagens de presentes, todo e qualquer recipiente que possa acumular água parada. Casa vazia não pode servir de criadouro do mosquito”, reforçou o secretário de Vigilância em Saúde, Antônio Nardi.
O ciclo de reprodução do mosquito, do ovo à forma adulta, pode levar de 5 a 10 dias. Por isso, mesmo em uma viagem curta, é preciso estar atento. Um balde esquecido no quintal ou um pratinho de planta na varanda do apartamento, após uma chuva, pode facilmente se tornar um foco do mosquito e afetar toda a vizinhança. É importante verificar se a caixa d’água está vedada, a calha totalmente limpa, pneus sem água e em lugares cobertos, garrafas e baldes vazios e com a boca virada para baixo, entre outras pequenas ações que podem evitar o nascimento do mosquito.
Os ovos do mosquito podem ficar aderidos às laterais internas e externas dos recipientes por até um ano sem água. Se durante este período os ovos entrarem em contato com água, o ciclo evolutivo recomeça e, consequentemente, a transmissão.
Por isso, é necessário lavar os recipientes com água e sabão, utilizando uma bucha. Não importa se você mora em casa ou apartamento, o mosquito Aedes aegypti pode encontrar um recipiente com água parada para depositar os ovos e se reproduzir. São suficientes 15 minutos por semana para fazer a vistoria em toda casa e eliminar todos os possíveis focos do mosquito.