Em tempos de dengue, chikungunya e zika vírus todo cuidado é pouco para evitar a proliferação do Aedes aegypti. Para isso, a Secretaria Municipal de Saúde reforçou o combate aos focos do mosquito com a atuação de agentes comunitários de saúde e na conscientização das pessoas em relação às medidas de prevenção.
De acordo com a chefe do departamento de vigilância epidemiológica, Socorro Martins, as pessoas muitas vezes possuem a tampa da caixa d’àgua, mas deixam ela ao lado sem proteger um dos principais focos de proliferação do mosquito.
“O principal desafio nesse trabalho é a conscientização das pessoas para manter o quintal limpo. Uma simples tampa de garrafa pode se transformar em foco de proliferação. As pessoas têm que ter atenção a isso. Não temos conhecimento de resistência dos moradores durante as visitas dos agentes. Mas, essa visita ocorre de dois em dois meses. Nesse período, a responsabilidade é do morador”, confirmou a coordenadora.
Os cuidados consistem em eliminar possíveis recipientes que possam acumular água parada, que servem para criadouro. É importante também o descarte de garrafas, latas, embalagens de presente, vedar a caixa d’água, limpar a calha, guardar pneus em lugares cobertos e deixar baldes com a boca virada para baixo.
“Não é usando repelente que a população se protege do Aedes. É cuidando de casa”, destacou Socorro Martins.
O Ministério da Saúde alerta que os cuidados devem ser adotados também em viagens de curta duração. O ciclo de reprodução do Aedes aegypti – de ovo à forma adulta – pode levar entre 5 e 10 dias. Além disso, os ovos podem ficar presos às laterais internas ou externas dos recipientes por até um ano sem a necessidade do contato com a água.
No Acre, já foram registrados 35 casos suspeitos de zika este ano. Segundo o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), os bairros com maior incidência de focos do Aedes aegypti são: João Carlos /Calafate, Seis de Agosto, Conjunto Esperança, Tancredo Neves, Tropical, Tangará, Vila da Amizade. O índice apresentado em Rio Branco foi de 4,1 que representa risco de epidemia. O aceitável são números menores que 1.