O secretário estadual de saúde (Sesacre), Armando Melo, reforçou em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, 17, que não há casos confirmados de zika vírus no Acre. E que dos três casos de microcefalia registrados na Maternidade Barbara Heliodora, dois deles são de locais sem a presença do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus, da dengue e chikungunya.
O terceiro caso é uma mãe que veio de Rondônia e não apresentou os sintomas de qualquer doença. A Sesacre aguarda o resultado dos exames enviados para no Instituto Evandro Chagas, em Belém para análise. O resultado pode demorar de 45 dias a dois meses.
“O resultado do exame não influencia no tratamento. Vale ressaltar que a malformação congênita pode ser causada por vários fatores, inclusive genéticos. O importante é as pessoas não entrarem em pânico”, confirmou o secretário.
Armando Melo destacou que os municípios acreanos de Santa Rosa do Purus, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Jordão e Feijó não tem registro da presença do mosquito. Nesta quarta-feira, a Sesacre divulgou o boletim epidemiológico que aponta uma redução nos casos confirmados de dengue entre janeiro e dezembro de 2015 em relação a 2014.
“Os números mostram uma redução de 82% nos casos confirmados de dengue de um ano para outro. Desde o mês de abril, técnicos e agentes de endemias estão sendo capacitados para atuar contra o mosquito Aedes aegypti.
Os outros 16 casos de zika vírus foram notificados nas unidades sentinelas em Rio Branco. “É importante destacar que 80% dos casos de zika vírus não apresentam sintomas. Diante disso, foi colhida amostra sanguínea para análise. O critério adotado é primeiramente fazer o exame diferencial para dengue, e, caso o resultado seja negativo, a amostra é encaminhada para um laboratório de referência”, explicou a gerente do Departamento de Vigilância Epidemiológica da Sesacre, Eliane Costa.
Chikungunya
No Acre, segundo Eliane Costa, gerente do Departamento de Vigilância Epidemiológica da Sesacre, foram notificados sete casos suspeitos de chikungunya – quatro acabaram sendo descartados por critério laboratorial e três ainda continuam em investigação.
A orientação é ter atenção aos criadouros do mosquito e prevenção através do uso de repelente
Eliane Costa falou sobre a orientação à população. “Fizemos uma tiragem de panfletos para distribuir para a população. Vamos utilizar outdoors e continuar as palestras que já iniciaram dentro das unidades de saúde”, afirma.
A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.
O secretário de saúde, Armando Melo, afirmou também que o Estado têm feito uma ação articulada com os municípios, capacitando os agentes epidemiológicos. “Vamos montar uma sala de comando e controle para unificar as informações”, explica.
A aplicação de repelentes deve respeitar as orientações especificadas no rótulo do produto.