Em momento oportuno, o Governo do Estado lançou ontem um programa de assistência para a “população em situação de rua” ou moradores de rua, como são mais conhecidos.
Em momento oportuno, porque, a se confirmarem as previsões, a crise econômica e política ainda devem perdurar nesses primeiros meses do ano e um dos indicadores mais perversos são os índices de desemprego que se registram todos os meses.
Com exceção de alguns poucos casos, não há como fugir que a causa principal que leva a maioria dessas pessoas que acabam perdendo tudo e caem literalmente nas ruas é a pobreza ou mesmo a miséria absoluta. Ou seja, sem trabalho, sem emprego, sem casa, com a família desestruturada, acabam nessa si-tuação deplorável.
É evidente que o poder público, em todos os níveis, e a própria sociedade não podem ficar indiferentes a essa situação e precisam buscar alternativas para dar-lhes um mínimo de assistência, como alimento, um abrigo.
Contudo, é preciso insistir que tanto o Governo quanto a classe política têm a obrigação de buscar uma saída para essa crise – mais política do que econômica – que já está tirando o trabalho, o emprego de milhares de trabalhadores.