Após várias manifestações dos alunos, servidores e professores da escola Humberto Soares, a Secretaria Estadual de Educação e Esporte (SEE) decidiu manter o funcionamento as atividades normais que devem voltar a ocorrer já no início do ano letivo 2016, a partir de fevereiro. Na manhã desta quarta-feira, 13, o diretor de Gestão da SEE/AC, Evaldo Viana, fez o anúncio a comunidade escolar.
Um dos motivos alegado pela SEE/AC para o fechamento da escola é a baixa procura por matrículas no local e decréscimo no número de alunos. Por isso, foi sugerida retira do Ensino Regular e a implantação do Ensino Técnico em tempo integral. E os alunos do Humberto Soares seriam remanejados para outros estabelecimentos de ensino.
A mudança estava sendo baseada na ausência de escolas técnicas que atuassem durante o dia. E devido a evasão escolar, causada pela retirada de famílias das áreas alagadiças da parte Central de Rio Branco e levadas para a Cidade do Povo.
A escola passou por uma reconstrução que durou dois anos. Durante esse período, cerca de 400 alunos estudavam em oito salas de aulas no Centro de Referências em Inovações para Educação (CRIE).
A escola completa este ano 40 anos de existência. “Eu fui aluna e hoje trabalho na escola. Vai ser muito triste ver a escola ser fechada. Estamos aqui em busca de uma explicação”, declarou Rosimeire Morais.
“Ainda estávamos iniciando esse diálogo com os funcionários, estudantes da escola e a comunidade atendida por ela, quando as manifestações começaram. Resolvemos atender o pedido deles e vamos manter a escola em funcionamento”, confirmou o diretor de gestão.
As matrículas para novos alunos devem ser iniciadas a partir do próximo dia 25. O diretor da escola, Ubiratan Rodrigues Lobo, destaca que a procura por novas matrículas ocorreu durante todo o ano.
“A procura sempre existiu, mas não podíamos mais receber ninguém por não tínhamos estrutura física”, ressaltou o diretor.
O professor da Rede Pública de Ensino do Acre, Jorge Neto rebateu os argumentos do diretor de Gestão lembrando que a Escola Humberto Soares funciona no bairro José Augusto e atende jovens do São Francisco, Aviário, Tropical e Bosque.
“Eles dizem que essa baixa no número de alunos e procura por matrículas é causada pela mudança de famílias atendidas pela escola que são de áreas que alagam e vão para outros lugares. Nenhum desses lugares que citei alagam”, desabafou o professor.