Para tentar reduzir o índice de infestação do mosquito Aedes aegypti, o bairro Tancredo Neves recebeu a mutirão de limpeza, nesta sexta-feira, 08. Cerca de trezentas pessoas das secretarias municipais de Saúde (Semsa) e de Serviços Urbanos (Semsur), Exército, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil Municipal e Estadual.
De acordo com o Levantamento Rápido de Aedes Aegypti (LIRAa) em Rio Branco, 20 bairros estão com maior índice de infestação do mosquito que é transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. O estudo aponta também que 70% da presença das larvas está em caixas d’água em nível de solo e pequenos recipientes nas casas e quintais.
“As pessoas precisam manter o quintal limpo. Uma simples tampa de garrafa pode se transformar em foco de proliferação do mosquito”, apontou a chefe do departamento de vigilância epidemiológica, Socorro Martins.
As equipes compostas por profissionais dos vários órgãos formaram grupos e percorreram todo o bairro, visitando casa por casa. Além da inspeção nos quintais, em busca de vasilhas e objetos que possam acumular água, que serve de criadouro para o mosquito, as equipes aplicam larvicidas em caixas d’água em nível de solo e orientam os moradores quanto às formas de evitar a doença e os sintomas da dengue, febre chinkungunha e zika vírus.
Nos vinte bairros onde há maior infestação do mosquito, os órgãos públicos atuam em parceria. Os militares do 4° BIS e 7° BEC chegam primeiro e avisam aos moradores o dia da visita dos Agentes de Endemias, momento em que já realizam uma pré-vistoria nos quintais. Em seguida, a Semsur chega com o roço, capina, faz a retirada de lixo e entulho, que podem acumular água.
Desde o início dos trabalhos, já foi recolhido cerca de 530 toneladas de lixo e entulho. Por fim, os Agentes de Endemias fazem as visitas domiciliares, com novas vistorias nos quintais, aplicação de larvicida e repassam orientações aos moradores.
“Não é usando repelente que a população se protege do Aedes. É cuidando de casa”, destacou Socorro Martins.
Segundo a última edição do LIRAa, os bairros com maior incidência de focos do Aedes aegypti são: João Carlos /Calafate, Seis de Agosto, Conjunto Esperança, Tancredo Neves, Tropical, Tangará, Vila da Amizade. O índice apresentado em Rio Branco foi de 4,1, que representa risco de epidemia. O aceitável são números menores que 1.