Inconformados com a possibilidade de fechamento da escola Humberto Soares, alunos interditaram a rua Ceará, em frente ao Estádio José de Melo, por alguns minutos na manhã desta terça-feira, 12. Com o movimento, os alunos se juntam aos professores e funcionários que também, não aceitam o fechamento da escola.
Após dois anos em reforma, a escola está pronta para receber os alunos, mas existe a possibilidade da escola ser fechada. Durante esse período, cerca de 400 alunos estudavam em oito salas de aulas no Centro de Referências em Inovações para Educação (CRIE).
Os alunos temem a transferência para outras escolas. “A Secretaria de Educação não pode simplesmente fechar a escola. A instituição é tradicional no bairro”, confirmou um dos alunos.
De acordo com a coordenadora da escola, Rosimeire Morais, mais de 50 servidores aguardam ansiosos a definição e o motivo seria o número reduzido de alunos. “A reforma da escola durou dois anos. Antes da reforma, a escola tinha 16 salas de aulas. Hoje o novo prédio consegue atender a mais de 1 mil alunos”, explicou a coordenadora.
A escola completa este ano 40 anos de existência. “Eu fui aluna e hoje trabalho na escola. Vai ser muito triste ver a escola ser fechada. Estamos aqui em busca de uma explicação”, declarou Rosimeire Morais.
Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Educação explicou que a situação da Escola Estadual Humberto Soares ainda está em negociação e a até a próxima semana deve ser definida a resolução.
Nesta quarta-feira, 13, haverá reunião entre a diretoria de Gestão Escolar da SEE e comunidade para dar continuidade ao diálogo. A estrutura escolar, localizada no bairro José Augusto, foi reformada pela Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop) e possui a capacidade de atender 1800 alunos diurnos. Assim, havendo apenas 22% da capacidade nesta escola está sendo negociada o remanejamento dos alunos para outras unidades escolares.
A nota ressalta que a escola não vai fechar. A proposta é que seja realizada mudança de modalidade de ensino: de ensino básico para formação profissional, assim aproveitando melhor a estrutura.
Nenhum aluno perderá sua vaga na rede pública e se assim for definido, a realocação deve ser em escolas próximas as residências dos estudantes, confirma a nota.