Segundo informações da Tecnologia da Informação da Secretaria de Estado de Educação (SEE), 28,3% das escolas públicas do estado possuem acesso à internet. De 636 escolas, apenas 180 possuem banda larga. Das unidades educacionais, 460 escolas são da zona rural.
Por outro lado, um estudo feito pelo Instituto Ayrton Senna apontou que no Acre, apenas 17% das escolas públicas tem acesso à internet rápida. E aproximadamente 97% dos colégios particulares contam com conexão de qualidade.
No geral, a pesquisa mostra que em todos os estados brasileiros a rede particular apresenta maiores níveis de acesso à banda carga. Porém, no ranking dos estados onde há maior diferença no nível de acesso à internet em escolas públicas e privadas, o Acre é o sexto colocado, ficando atrás de estados como Amapá e Roraima.
A diretora de Inovação da SEE, Cleide Prudêncio, destaca que a maior dificuldade de oferecer internet a todas as escolas é o grande número de unidades que estão localizadas na zona rural. “As escolas particulares não chegam à zona rural, no seringais, não chegam à floresta. Nós como rede pública temos obrigação de chegar em todos os lugares que ainda não tem estrutura para ter conexão.”
Ainda de acordo com a diretora, o Ministério da Educação implantou em 2014 o Programa de Conectividade das Escolas do Campo. “São aqueles modem 3G. Desde 2015 esses modem começaram a ser instalados. Nós temos uma rede rural muito grande, por isso a implantação desse programa”, disse.
Cleide Prudêncio acredita que o acesso à internet na escola precisa ser moderado e utilizado apenas para fins pedagógicos.
“Estamos cada vez mais chegando próximo à escola, trabalhando com os alunos essa questão da importância da tecnologia no âmbito da escola. A conectividade tem o seu papel na educação, na formação, mas precisa ser utilizada de forma pedagógica”, declarou a diretora.