Pelo menos 70% dos empresários acreanos acreditam em dificuldades no setor de vendas durante o primeiro semestre de 2016. A pesquisa, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomercio/AC), por meio do Instituto Fecomercio de Pesquisas Empresariais do Acre (Ifepac), avaliou a opinião de 234 comerciantes da capital acreana entre os últimos dias 5 e 11 de janeiro.
Ainda de acordo com a pesquisa, daqueles que estão pessimistas com as vendas, 48% destacam a inflação como fator de maior preocupação para o período, enquanto outros 25% acreditam que o endividamento da população deve dificultar mais o mercado doméstico. Pela avaliação de outros 26%, não haverá ainda resultados positivos decorrentes das medidas governamentais no que tange à economia nos primeiros seis meses de 2016.
A pesquisa avaliou, também, que, conforme 38% dos empresários, as vendas durante o período devem ser inferiores quando comparado ao primeiro semestre de 2015. Destes, 88% acreditam que a redução deve ser entre 10% e 20%. Outros 31% avaliam que o comércio deve continuar da mesma forma que o verificado no ano passado.
Estratégias de vendas
Pelo menos 35% dos empresários afirmaram que utilizarão, durante o período, as promoções para atrair os clientes, enquanto outros 27% acreditam que a redução de preços seria a melhor estratégia. Mesmo assim, a grande preocupação de 47% dos empresários do ramo – segundo o estudo – seria o endividamento financeiro do consumidor, enquanto outros 17% demonstram preocupação com o comércio informal.
Para 48% dos comerciantes, a concorrência deve manter-se estável, mas 23% avaliam que a tendência é de diminuição nas vendas em função das dificuldades naturais do período de crise e inflação crescente. A pesquisa destaca que 20% dos empresários não têm opinião acerca do assunto.
Além disso, para 74% dos empresários, não deve haver redução na taxa de inflação em 2016 e, destes, 42% informam que o mercado deve continuar a operar com preços crescentes, tendo em vista a previsão do aumento nos juros. Outros 33% admitem que as políticas econômicas podem continuar pendentes, aumentando ainda mais o desemprego na economia.