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Ameron fecha a sede no Acre; grupo de usuários entra com ação na Justiça

 O prédio onde a empresa de plano de saúde rondoniense Ameron funcionava está de portas fechadas. A empresa pegou todos os usuários de surpresa. “Eles não avisaram nada, simplesmente fecharam mesmo”, afirmou a vendedora, Cristiane Lopes, 33 anos.

A vendedora afirma que alguns usuários do plano de saúde criaram um grupo de whatsApp, para discutir sobre o assunto. Além disso, ela afirma que já entrou com uma ação na Justiça na tentativa de continuar usando os benefícios do plano em Rio Branco.

“Estamos nos mobilizando para tentar continuar com o tratamento dos nossos filhos. Antes da Ameron ir embora, eles procuraram a Unimed para oferecer a dívida. Mas a Unimed jogou o valor do plano lá em cima depois disso. Nós vamos fazer com que eles [Ameron] continuem pagando. Eles vão ter que dar o jeito deles”, contou Cristiane.

Em nota, o presidente do grupo Ameron, Paulo Roberto, informou que a empresa não comercializa planos na capital acreana há cerca de dois anos. Contudo, ainda há mais de 600 beneficiários na região. “Esses clientes ainda possuem atendimento na rede credenciada da operadora e podem pedir ressarcimento.”

Ainda segundo a empresa, os usuários do plano podem ser atendidos no maior hospital da região norte, o Hospital Samaritano, “com direito a transporte e acomodação, nos casos das prerrogativas da lei, conforme compromisso perante o Ministério Público do Acre (MP/AC)”, diz a nota.

O grupo destaca que, em caso de dúvidas, o usuário pode entrar em contato com os canais de atendimento: 0800-6478082 e (69) 3211-7111.

PROCON

A chefe do Departamento de Fiscalização do Procon, Fran Brito, diz que durante reunião com representantes da empresa, em novembro de 2015, já existia possibilidade da saída do grupo do Estado.

“Eles encerraram as atividades administrativas. Isso não quer dizer que os consumidores ficaram desamparados. A matriz em Porto Velho/RO vai continuar dando suporte. Os consumidores que desejarem continuar com o contrato vão continuar a serem atendidos pela empresa aqui. No caso da impossibilidade do cumprimento dos prazos, a empresa vai fazer o reembolso integral para o consumidor”, esclareceu Brito.

Fran Brito lembra que os usuários do plano de saúde têm o direito a portabilidade sem cumprimento da carência. “O usuário pode procurar um plano compatível e a empresa tem que fornecer a portabilidade. Ele não é obrigado a cumprir o plano de carência. Nós achamos até que esta seja uma opção mais viável para o consumidor.”

 

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