A Biblioteca Pública do Acre será contemplada com acervo acessível, equipamentos que promovam a acessibilidade, além de cursos de formação para as equipes que atuam no local. A formação será para que eles consigam trabalhar melhor com qualquer público, atendendo assim a todos os cidadãos. Pelas práticas já existentes no local, a biblioteca é tida como referência quando se trata de inclusão social no país.
Todas essas implantações são possíveis por meio do projeto Acessibilidade em Bibliotecas Públicas, do qual a unidade acreana participa. O projeto é realizado pelo Ministério da Cultura (MinC). Atualmente, o espaço fornece equipamentos como impressora, scanners, notebooks e tablets com softwares que traduzem publicações para o braile, bem como livros já publicados na linguagem.
De acordo com a coordenadora geral do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas, Veridiana Negrini, a iniciativa pretende equiparar as oportunidades a todos os públicos, sem barreiras, começando com ampliar a acessibilidade nas bibliotecas públicas brasileiras.
“Para cumprir a meta 29 do Plano Nacional de Cultura (Lei 12.343/2010) – que prevê que 100% de bibliotecas públicas atendam aos requisitos legais de acessibilidade -, o Ministério da Cultura desenvolve ações que visam à garantia dos direitos culturais das pessoas com deficiência”, detalhou a coordenadora.
Segundo dados do Censo Demográfico de 2010, 23,9% da população brasileira, ou seja, cerca de 45 milhões de pessoas, têm algum tipo de deficiência (visual, auditiva, intelectual, física ou múltipla). Deste total, uma parcela expressiva é excluída do acesso ao livro e à leitura. Isso se deve, em grande medida, pela baixa oferta de livros e outros materiais em formatos acessíveis, e pela ausência de serviços e de programação cultural por parte das bibliotecas.
O projeto escolhe duas bibliotecas públicas em cada região do país para se tornarem referência em acessibilidade. Deste modo, o MinC – por meio do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas – solicitou que os Sistemas Estaduais de Bibliotecas indicassem os equipamentos culturais (biblioteca) estaduais que teriam condições de participar do projeto.
“Um dos critérios de seleção foi que a biblioteca já tivesse a acessibilidade física e condições de ampliar o potencial de disseminação e capilaridade das ações do projeto Acessibilidade em Bibliotecas Públicas. As ações vão além de qualificar a acessibilidade nessas 10 bibliotecas públicas em todo país, fazendo delas referência na área e desencadeando um grande movimento em favor da acessibilidade, de modo a estabelecer diretrizes e políticas públicas para a área”, completou Veridiana Negrini.