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Abrigo de imigrantes deve ser fechado em março

Secretarias decidiram que não tem sentido manter o abrigo

Após uma avaliação das secretarias de Desenvolvimento Social (Seds) e de Direitos Humanos do Acre (Sejudh), não tem sentido manter uma estrutura grande para abrigar poucas pessoas, relatou o secretário da Sejudh, Nilson Mourão. Desde dezembro de 2010 até agora, estima-se que já foram investidos entre R$ 20 a R$ 25 milhões na ajuda humanitária aos imigrantes que chegam pela fronteira do Acre com o Peru.

Nesta segunda-feira, 1º, apenas 19 imigrantes estavam no abrigo que já comportou mais de 1.200 pessoas no mesmo dia. O abrigo para imigrantes montado dentro da Chácara Aliança, em Rio Branco, deve ser desativado até o final do mês de março. No local, ele funciona desde abril de 2014.

Segundo o coordenador do abrigo, Lucinei Peres, a maioria dos imigrantes que chegam são de Senegal, Gambia e outros países da África.

Em 2010, o Acre se tornou porta de entrada para imigrantes ilegais, principalmente do Haiti, que buscavam no Brasil uma alternativa para melhorar de vida. Mais de 43 mil pessoas entraram no Estado desde então, segundo dados do Governo do Acre. O número de imigrantes que utilizavam a rota começou a diminuir a partir do segundo semestre de 2015, após a ampliação da emissão de vistos em Porto Príncipe, capital do Haiti.

“Já esperávamos a desativação dessa rota ilegal”, explica Nilson Mourão. Apesar da desativação do abrigo, segundo o secretário, a Sejudh e a Secretaria de Desenvolvimento So-cial do Acre (Seds), ambas responsáveis pelo abrigo, devem continuar dando apoio aos imigrantes que ainda entram no Brasil pelo Acre.

“O imigrante chega, recebe em Assis Brasil as informações que ele precisa, nos procura e vamos indicar o hotel e a alimentação mais baratos, e o que ele tem que fazer para retirar  a documentação. Nós vamos orientando e ele então vai fazer o processo”, explicou o secretário.

A Gazeta do Acre: