Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Operação investiga fraude em sorteio de casas populares no Acre

Cinco mandados de busca foram cumpridos na Capital. (Foto: Iryá Rodrigues/ G1 AC)
Cinco mandados de busca foram cumpridos na Capital. (Foto: Iryá Rodrigues/ G1 AC)

A Operação Lares, realizada pela Polícia Civil e Ministério Público do Acre (MP/AC), investiga esquema de fraude no sorteio de casas populares. A primeira fase da Operação começou nesta segunda-feira, dia 1º de fevereiro. A polícia apreendeu celulares, computadores e documentos que auxiliarão na investigação.

O delegado de Polícia Civil responsável pelas investigações, Roberth Alencar, explica que a denúncia feita pela Sehab aponta a venda de casas populares. “Fomos identificando suspeitos e conseguimos identificar mais de 30 nomes de pessoas que tinham supostamente pago para serem contemplados”, disse.

Cinco mandados de busca foram cumpridos na Capital e 25 pessoas suspeitas de comprar os imóveis foram ouvidas. Entre os suspeitos está um servidor da Junta Comercial e uma funcionária da Secretaria de Habitação do Acre (Sehab).

Ainda de acordo com o delegado, uma peculiaridade chamou atenção na investigação: a maioria das pessoas supostamente envolvidas pertence à mesma família. “A pessoa que negociava, comprava para duas, três pessoas da mesma família. Nós ouvimos cinco pessoas suspeitas de fazer a venda e todos negaram”, relatou Alencar.

Aos corretores eram repassados valores entre R$ 5 mil e R$ 30 mil, pois eles é que prometiam a facilitação do acesso dos pagantes a casas populares. O grupo movimentou mais de R$ 500 mil desde março de 2014.

“Esse grupo é desde março de 2014, quando começaram a negociações das primeiras casas. Se existem outras pessoas, ou outros esquemas, nós não sabemos de quando vem”, concluiu o delegado Roberth Alencar.

Segundo o secretário de Segurança Pública, Emylson Farias, esta primeira fase da Operação deve, sobretudo, colher provas. “De maneira nenhuma, vamos nos retrair. Não admitimos essa postura, ainda mais em crime que envolve fraude e o erário público”, afirmou.

Sair da versão mobile