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Impressão do voto continua gerando polêmica no Congresso Nacional

 A obrigatoriedade da impressão do voto a partir das eleições gerais de 2018 continua gerando polêmica no Congresso Nacional. A matéria chegou a ser vetada pela presidente Dilma Rousseff (PT), sob a justificativa de que geraria custo para a implementação do sistema. Ainda assim, deputados federais e senadores optaram por derrubar o veto presidencial.

Para o vice-presidente do Senado Federal, Jorge Viana (PT/AC), o voto impresso em todas as sessões eleitorais é um retrocesso. “Há quase uma unanimidade na Justiça Eleitoral de que cerca de 20% das urnas poderão ter problema durante o processo de votação. Então, a eleição voltaria a ser uma coisa problemática”, disse.

Segundo ele, o próprio TSE já sinalizou sobre os possíveis problemas que poderão ocorrer no dia de votações. “O receio é que aconteçam as mesmas dificuldades registradas em 2002. Naquele ano, uma lei federal determinou a impressão dos votos de todas as seções eleitorais de Sergipe, do Distrito Federal e de 73 municípios espalhados por todas as unidades da Federação. Os problemas foram muitos”, ressaltou.

A votação continuará a ser eletrônica, mas será impresso um boletim, para conferência do voto. Registrada a escolha na urna eletrônica, uma impressora ao lado mostra o nome e o número do candidato votado. Esse boletim poderá ser verificado pelo votante e o processo só será finalizado quando o eleitor confirmar a correspondência entre o voto eletrônico e o registro impresso. Caso os dados não batam, o mesário deverá ser avisado.

O eleitor não levará o comprovante do voto para casa, nem terá acesso ao papel impresso. O registro impresso será depositado em local previamente lacrado, de forma automática e sem contato manual do eleitor, para garantir o total sigilo do voto.

Em caso de suspeita de fraude, a Justiça Eleitoral poderá auditar votos, comparando o que foi registrado na urna eletrônica e o que foi depositado na urna física.

 

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