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Procurador-geral da República pede que o STF abra ação criminal contra Cunha

O cerco contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), começa a se fechar. Nesta terça-feira, ele foi notificado pelo Supremo Tribunal Federal e ganhou prazo de dez dias para apresentar sua defesa.

Depois disso, foi divulgado o teor do documento em que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, arguementa favoravelmente à abertura de ação criminal contra Cunha.

Na peça, Janot destaca o caráter violento do deputado, dizendo que ele “sempre se mostrou extremamente agressivo e dado a retaliações a todos aqueles que se colocam em seu caminho a contrariar seus interesses”.

O procurador-geral disse ainda e que há ‘robustos elementos’ que comprovam o recebimento de propina por Cunha. Janot diz ainda que a denúncia “está baseada em inúmeros e robustos elementos que apontam, de maneira uniforme, para o recebimento de valores por parte de Eduardo Cunha”.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer no qual afirma que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), “sempre se mostrou extremamente agressivo e dado a retaliações a todos aqueles que se colocam em seu caminho a contrariar seus interesses”.

Na manifestação enviada ao STF em janeiro, Janot pede à Corte urgência no julgamento do recebimento da denúncia contra Cunha e do pedido de afastamento do presidente da Câmara do cargo.

No parecer, Janot manifesta-se contrário aos vários pedidos de nulidade da denúncia, apresentada em agosto do ano passado, entre eles um da defesa de Cunha para anular os depoimentos de delação premiada dos lobistas Júlio Camargo e Fernando Baiano.

Além disso, Janot cita comportamentos de Cunha para ‘garantir suas atividades ilícitas’.

“Não à toa, por intermédio de terceiros, Eduardo Cunha perseguiu Alberto Yousseff [doleiro], fazendo com que a CPI da Petrobras buscasse o afastamento do sigilo bancário e fiscal de sua esposa e filha, bem como passou a investigar a então advogada de Júlio Camargo, Beatriz Catta Pretta, quando efetivamente trouxe à luz a participação de Eduardo Cunha”, disse o procurador.

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