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Projeto no Amazonas quer difundir o Tucupi pelo resto do país

 Um ingrediente muito presente na culinária amazônica e indígena, o tucupi, poderá chegar à mesa dos consumidores de uma forma diferente. Pesquisadores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Ifam), no Amazonas, trabalham no projeto Tucupi de Prateleira. A finalidade é enaltecer o produto regional, promover o envasamento dentro dos padrões dos órgãos de segurança alimentar e ainda aumentar a produtividade. A iniciativa é desenvolvida em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

O tucupi é uma espécie de molho feito a partir da extração do sumo da mandioca brava. Também conhecida como macaxeira ou aipim, a mandioca é descascada, ralada e prensada. A parte sólida é usada na produção de farinha, e o líquido de cor amarela é fervido por várias horas para extrair o veneno presente na planta. Depois desse processo, o tucupi já pode ser consumido e compor algum prato, como o pato no tucupi, típico da região.

Atualmente o produto é vendido em garrafas PET reaproveitadas. Segundo a estudante de tecnologia em processos químicos do Ifam e responsável pela pesquisa, Suane Costa, os produtores vendem o tucupi para os comerciantes que fazem o processo de tempero e embalagem. Com o projeto, o tucupi será comercializado em uma embalagem tipo saco plástico, com rótulo e especificações técnicas do produto.

“Hoje o tucupi, na forma como ele é comercializado, tem prazo de validade médio de 15 dias. Com a técnica que vamos aplicar, esse prazo sobe para três a seis meses. Não vamos interferir totalmente na cadeia, mas, vamos padronizar [o processo de extração] com a máquina prensa que está sendo desenvolvida que será disponibilizada ao produtor em sistema de Comodata [empréstimo gratuito]”, explicou Suane. A expectativa é que o tucupi em nova embalagem já esteja disponível no mercado amazonense até dezembro deste ano.

 

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