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Sem chances para o Aedes

 Uma nova estratégia de combate à proliferação do Aedes aegypti está sendo intensificada pela Vigilância Epidemiológica de Rio Branco. Trata-se de uma armadilha, chamada de ovitrampas, que simula o ambiente perfeito para a procriação do mosquito causador da dengue, zika vírus e febre chikungunya.

Nele, é inserido uma palheta de madeira, que facilita que a fêmea do Aedes coloque ovos. Dentro do recipiente, é colocada uma substância larvicida. Dessa forma, os agentes de saúde conseguem observar de maneira mais rápida e eficiente a quantidade de mosquitos naquela região e aceleram as ações de combate, sem que o inseto se desenvolva.

De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Socorro Martins, essa medida tem sido intensificada nas regiões de maior incidência do mosquito.

“Essa é uma das ações realizadas pelo município para conter o avanço do Aedes”, ressaltou Socorro.

A mudança de comportamento da população em relação à entrada do agente de endemias nas residências é comemorado pela coordenadora.

“Antes havia muita resistência. Percebemos que as pessoas estão mais interessadas no trabalho realizado pelos profissionais. Quando a visita demora a ocorrer, o morador liga na Vigilância para saber quando o agente vai passar. Isso não se via em anos anteriores”, destacou Socorro.

Com a gravidade do número de casos e a ameaça da microcefalia, doença associada ao mosquito, as pessoas estão mais atentas, alerta a coordenadora. “É uma mudança de comportamento gradual. Mas, de forma sútil, já percebemos que as pessoas estão mais atentas ao pratinho da planta que acumula água ou aos entulhos no quintal de casa”, concluiu Socorro Martins.

Essa atenção aos possíveis criadouros do Aedes foi confirmada pela 130ª Pesquisa Confederação Nacional do Transporte (CNT/MDA), divulgada nesta quarta-feira, 24. Segundo os números, o medo de contrair dengue, zika vírus ou febre chikungunya – faz parte do dia a dia de 88% dos brasileiros. Além disso, 85,2% disseram que, para se proteger, adotaram alguma medida de prevenção ou mudaram hábitos por causa do inseto.

A pesquisa da CNT, encomendada ao Instituto MDA, entrevistou 2.002 pessoas de 137 municípios de 25 Estados, entre os dias 18 e 21 de fevereiro de 2016.

Limpeza do antigo Aeroporto retirada de Pneus Foto Marcos Vicentti 1

 

 

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