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Tudo ‘tranquilo’ e ‘favorável’ para a volta às aulas

Ano letivo 2016 começa com acréscimo de dois mil alunos na rede estadual de ensino

O ano letivo de 2016 começa, na maioria das escolas do estado, nesta segunda-feira, 15. Atualmente, o Acre possui cerca de 158 mil na rede estadual e, em Rio Branco, são mais de 22.500 alunos do ensino infantil ao 5º ano. Porém, para equipes gestoras das escolas e professores, o trabalho começou ainda em janeiro com planejamentos e formações para que tudo estivesse pronto para a chegada dos alunos.

Contudo, por conta de reformas ou dos professores que aderiam à greve em 2015, existem outras duas datas para início das aulas na rede estadual, que são os dias 7 e 21 de março.
De acordo com o secretário estadual de Educação, Marco Brandão, foram adotados todos os procedimentos para o início do calendário escolar 2016 sem contratempos. “Fizemos o planejamento, as intervenções necessárias, lotação de professores, posse dos diretores e equipes gestoras que vão conduzir as escolas. Tudo que estava ao alcance da secretaria está sendo concluído para a volta às aulas”, confirma.

De acordo com a SEE/AC, a oferta educacional foi suficiente para atender toda a demanda do Estado, havendo sobra de mais de sete mil vagas.
Na primeira etapa do período de matrículas, foram registradas as rematrículas e transferências. “Movimentamos mais de 14 mil alunos dentro da rede, para atender as solicitações dos pais ou responsáveis”, afirma o diretor de Gestão Escolar, Evaldo Viana.

O registro de novos alunos foi a fase seguinte do calendário escolar. Na Central de Atendimento da SEE, localizada na Escola Estadual Heloísa Mourão, foram efetivadas 652 matrículas. O ano letivo de 2016 se inicia com mais de dois mil novos estudantes na capital acreana, oriundos de escolas particulares ou de mudança de endereço e cidade.
Entre as vagas disponíveis, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) segue com matrículas abertas até o fim do mês.

A Secretaria Estadual de Educação contabiliza que o Acre tenha 36.275 escolas rurais e 121.887 escolas urbanas. A Secretaria Municipal de Educação aponta que atualmente a rede possui ao todo 80 unidades, mais 14 espaços anexos e 3 conve-niadas, sendo 11 creches, 3 unidades mistas (onde funcionam creche e pré-escola), 29 unidades de pré-escola, 23 unidades de ensino fundamental e 14 unidades rurais.

De acordo com o secretário municipal de Educação e vice-prefeito de Rio Branco, Márcio Batista, durante todo o mês de janeiro, equipes de recursos, ensino e gestão estiveram mobilizadas na organização do ano letivo.

“E o diferencial para este ano é que estamos iniciando o ano letivo mais cedo. Em 2015, por conta da grande alagação que atingiu o Acre, as aulas iniciaram em março, apenas. Essa antecipação vai nos permitir um ano mais tranquilo com o desenvolvimento dos 200 dias letivos com término em dezembro e com duas semanas de férias em julho”, aponta Batista.
Além disso, o secretário destacou que ainda para este ano, a oferta de vagas na educação infantil terá um aumento considerável. “Vamos entregar nove creches ao longo do ano. Isso representa um aumento de duas mil novas vagas na rede infantil”.

A primeira creche a ser entregue será no bairro Cabreúva, no próximo dia 22. “O desafio para este ano é cumprir os prazos de entrega das creches e manter a qualidade da nossa educação”, afirma o secretário.

A gestão municipal aguarda o resultado da Prova Brasil, avaliação do Governo Federal, em relação ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). “Nosso foco é manter o índice de 5.5 que nos colocou na quinta posição no ranking nacional”, conclui Márcio Batista.

De acordo com o Índice de Oportunidades da Educação Brasileira (IOEB), Rio Branco está entre as 10 cidades com melhores condições de acesso, permanência na escola e sucesso de aprendizagem.


O Acre possui cerca de 158 mil na rede estadual, segundo dados da Secretaria de Educação

Escolas privadas já voltaram às aulas; meta para 2016 é aproximar a relação entre professor e aluno

Enquanto na rede pública de Educação os alunos ainda estão de férias, nas escolas particulares as aulas começaram no dia 1º de fevereiro. Segundo a presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Privados do Estado do Acre (Sinepe/AC), Elizabeth Costa, uma das metas para este ano é estreitar a relação entre professores e alunos.

“O nosso alvo é a questão do professor e do aluno, essa melhor interação, porque quanto melhor for essa interação, melhor resultado a gente tem. A questão não é só passar de ano ou ter uma nota, a questão é aprender um verdadeiro aprendizado. Além da qualificação contínua desse professor”, explicou Costa.

O principal objetivo das escolas particulares de ensino médio em 2016 é preparar os estudantes para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Já para as escolas de ensino fundamental, a prioridade é fortalecer o aprendizado nas matérias básicas como matemática e português.

“Foi constatado que no Enem quase 70% são matérias vistas no ensino fundamental. Então estamos tentando passar isso para os alunos. Nós temos vários projetos distintos, mas que alcançam o mesmo objetivo”, disse a presidente.

Elizabeth acredita que existem boas escolas da rede pública de ensino, mas o ensino privado é uma opção de investimento em longo prazo na educação do filho (a). “Creio que educação é um investimento. Quem não quer investir? Hoje o contexto que vivemos é crítico, não basta só querer investir, tem que poder investir. Muita gente deixou a rede particular porque não tinha mais condições.”

O Sindicato

O Sinepe/Ac existe há cerca de vinte anos, mas foi reativado a, aproximadamente, cinco anos. Atualmente, sete escolas e duas faculdades estão associadas ao sindicato, são elas: Colégio Alternativo, Associação Modelar de Ensino (Ame), Colégio Padrão, Escola de ensino fundamental ABC, Colégio Sigma, Colégio Vitória, Centro Educacional Balões Encantados; Uninorte e Fameta.

Elizabeth conta que após voltar à ativa, muita coisa mudou dentro e fora do sindicato. “Hoje nós participamos dos colegiados, das decisões. As pessoas dizem ter muita distinção, por exemplo, do ensino público para o particular. Mas, nós pagamos impostos tanto quanto, nós somos os maiores geradores de emprego direto e indireto para milhares de famílias.”


Presidente do Sinepe/AC, Elizabeth Costa, fala sobre os desafios das escolas particulares

O início de mais um ano letivo sob a perspectiva do professor

A menina fazia do quarto uma sala de aula e dos bonecos os alunos. Ensinava sobre o pouco que sabia como se fosse uma verdadeira professora. A mãe observava tudo aquilo da porta e sorria para a inocência de criança da filha.

O tempo se passou e o sonho de se tornar professora foi se dissipando. A menina, agora uma jovem crescida, nutria outro desejo: ser economista. E foi o que escolheu quando prestou o vestibular.
Contudo, um ano depois, as coisas tomaram rumos bem diferentes do que ela imaginava e percebeu que aquela ainda não era a profissão que a faria se sentir realizada.

Com coragem, deixou o curso de Economia e foi em busca de algo novo. E foi em uma conversa com o amigo que surgiu a ideia de fazer Pedagogia. Afinal, a mãe a lembrava sempre de suas brincadeiras de criança. As recordações acenderam uma chama, como se dessa vez a sua escolha fosse dar certo.

Aproveitou cada ano de faculdade para participar de estágios. Esteve em várias salas de aulas em escolas as quais considerou “barra pesada”. E se formou muito jovem.
Atualmente, Ytala de Souza Soares Rolim, aos 23 anos de idade, já possui dois anos de experiência como professora. Este ano, ela ensinará alunos do 4º ano do ensino fundamental I, da Escola Estadual João Paulo II, localizada na Baixada da Sobral, em Rio Branco.

A jovem professora trabalhará com, aproximadamente, 30 alunos na faixa etária de 10 anos. Ela fala sobre a expectativa do ano letivo. “É o início do ano, mas nem todos os alunos estão no mesmo nível. Alguns se mostram atrasados e outros mais adiantados. Nossas expectativas são, principalmente, em relação a isso, saber como eles estão em termos de aprendizado”.

“No ano passado ficamos com a nossa cota de xérox mínima. Tínhamos que tirar do nosso bolso se a gente quisesse fazer um trabalho melhor com os alunos”.

Faltam recursos

Seguida dessa preocupação, outra situação tem deixado Ytala apreensiva com a chegada das aulas nesta segunda-feira, 15: a falta de recursos.
“Também nos preocupamos em relação ao material que será fornecido. Nem sempre temos o que precisamos. No início do ano passado, por exemplo, tivemos muita dificuldade na questão financeira. O básico sempre vai ter. Vai ter o professor, o caderno e o quadro. Contudo, em termos de recursos tem muita falta. No ano passado ficamos com a nossa cota de xérox mínima. Tínhamos que tirar do nosso bolso se a gente queria fazer um trabalho melhor com os alunos. Isso é preocupante, pois não dá para ficarmos tirando do nosso salário sempre que houver uma atividade, afinal, não temos só um aluno, são vários”, reclama.

Ytala conta que durante a reunião de planejamento antes das aulas, a coordenadora da escola avisou a todos que os recursos para 2016 estão bem limitados. Desde que a crise financeira pareceu atingir a escola, alguns projetos já tiveram de ser cortados, aponta a professora.

Diante dessas dificuldades, Ytala explica que tenta fazer projetos mais econômicos que torne viável trabalhar com os alunos e os motivem. “Só quadro e caderno os deixam muito cansados ou agitados. Para isso, trabalhos em grupos e dinâmicos tornam a disciplina mais interessante e o aprendizado se torna mais dinâmico”.
Diante de problemas com os alunos, Ytala revela que recorre ao diálogo. Ela lembra que já passou por situações bem desgastantes, mas que ouvi-los sempre ajudou. Fazer com que a criança fale o que está sentindo individualmente é o segredo.

Caso ela perceba que o problema do aluno esteja no âmbito pessoal, uma das primeiras medidas é chamar os pais até a escola. “Nossa escola recebe muitas crianças da comunidade periférica, com muitas dificuldades na questão social. Eles chegam com muitos problemas e, às vezes, descarregam aqui na escola”.

Cada criança recebe uma educação diferente em casa, reconhece Ytala. Quando eles chegam à sala de aula é um verdadeiro conflito de pensamentos e costumes. Alguns não têm apoio em casa e se tornam meninos e meninas sem limites. Para reverter isso é preciso muita conversa, destaca a professora. “Mesmo com os pequenininhos eu converso sobre tudo o que é possível”.

Sobre ser uma professora muito jovem, Ytala relata que aproveitou cada oportunidade durante a faculdade para buscar conhecimento e experiência, por isso, quando chegou a sua vez de lecionar, não ficou nervosa. “Observei muito o tipo de profissional que eu poderia ser e os que eu não queria seguir. Mas, quando a gente chega à sala de aula efetivamente, nem tudo dá certo. Vamos aprimorando e melhorando com o tempo”.

Furtos dos materiais

A professora denuncia a ação de vândalos na escola. Em 2015, ela disse que a João Paulo II sofreu várias invasões e muitos objetos foram furtados.

Caixinhas de som, lápis de cor, cadernos, entre outros objetos simplesmente eram levados pelos criminosos durante a noite. Até que ela decidiu parar de deixar os materiais no armário da escola.
Ela denuncia que a equipe de vigilância contratada para proteger o lugar nunca se responsabilizou pelo material furtado. “Às vezes, nós os chamávamos e eles nem vinham ver a ocorrência”, aponta.
Essa é uma preocupação que Ytala carrega para este ano de 2016. Ela também aponta que sentiu a falta das câmeras de vigilância instaladas nos corredores e nas salas de aulas.

Greve

No ano passado, a escola na qual Ytala trabalha não aderiu à greve. Ela afirma que acredita na causa, porém, a equipe preferiu prosseguir com os trabalhos. “A questão é que nós (professores) nos prejudicamos muito quando há uma greve, mesmo que seja lutar pelos nossos direitos. Professor é uma profissão que você não pode estar faltando. Quando você falta tem que repor a aula. Achamos que só teríamos trabalho perdido. E para este ano não está nos nossos planos entrar em uma greve. Eu espero que não seja preciso tomar uma medida radical. Afinal, prejudica muito, tanto os professores quanto as crianças.”

Para este ano letivo, Ytala afirma esperar que toda a equipe gestora permaneça unida em prol da educação de qualidade. “Minha expectativa é que tudo dê certo e que funcione. Quando a equipe pedagógica funciona, o ano letivo vai tudo bem. Porém, quando a equipe não se dá bem, isso reflete em sala de aula. Espero que tudo ande da melhor maneira possível.”

União da equipe pedagógica na escola é essencial, aponta diretora


Janete Bezerra, 52, é diretora da Escola João Paulo II

Muita correria e planejamento marcaram as duas últimas semanas da maioria das escolas do Acre. Tudo isso, porque nesta segunda-feira, 15, grande parte delas retornará a abrir os portões para receber os alunos para mais um ano letivo.

No final de 2015, as escolas passaram por um processo seletivo para definir se os diretores permaneceriam no cargo ou se seriam substituídos por outro candidato.
A Escola Estadual João Paulo II, localizada na Baixada da Sobral, em Rio Branco, foi uma das que sofreu alteração na equipe de gestão. Janete Bezerra de Araújo, 52 anos, foi eleita a nova diretora do local.

Ela e centenas de outros diretores e coordenadores participaram do planejamento da Secretaria de Educação realizado nos dias 4 e 5 de fevereiro, no Colégio Barão do Rio Branco (CEBRB). Além disso, nos dias 11 e 12, Janete se reuniu com a equipe de professores da escola ao qual assumiu a gestão para definirem as estratégias para o decorrer de 2016.

“A ideia foi organizar o que precisava ser organizado, dar andamento aos projetos que deram certo. Eu assumi a gestão da escola no dia 1º e foi muito bom. Já estou ciente das dificuldades apresentadas pela comunidade. Busquei ouvir o que eles necessitam para melhorar o ensino e para acompanhar os filhos. A gente propôs uma gestão democrática, aberta à comunidade escolar, às parcerias e com uma grande expectativa de receber as crianças com festa, dando boas vindas, para que elas se sintam amadas e acolhidas. Queremos que os alunos sintam que é ali onde eles devem estar, que a escola pode ser um espaço prazeroso”.

A escola João Paulo II tem em torno de 700 alunos, in-cluindo os matriculados na modalidade Educação para Jovens e Adultos (EJA).

Janete conta que uma das suas primeiras medidas enquanto diretora foi se reunir com a EJA para derrubar qualquer divisão de modalidades. O objetivo é manter um relacionamento integrado e fazer propagar a ideia de que os funcionários e alunos são todos uma única escola.

Janete já foi professora em Manoel Urbano, da educação infantil em Rio Branco, além de ter trabalhado como coordenadora de ensino. Ela já havia dado aula no João Paulo II e concorrido ao cargo de diretora da escola antes, porém, sem êxito. Alguns anos depois, Janete voltou a disputar a vaga e venceu as eleições. “Eu quis muito ser gestora ali, porque é uma escola da minha comunidade. Moro naquele bairro. Já tenho 23 anos de educação no Acre. Estou perto de me aposentar, mas ainda quero trabalhar muito. Para mim é um prazer formar e trabalhar com professores”.

A Escola João Paulo II fica localizada em um bairro com precariedades, afirma Janete. A diretora explica querer garantir os pais na escola, para que vejam a importância da educação na vida das crianças. Assim, será possível diminuir os índices de marginalidade, consumo de drogas e prostituição.

“A maior carência dessas crianças é a social. Percebemos pais com baixo rendimento salarial e também que há uma falta de preocupação em incentivar os filhos aos estudos. Muitas vezes, a criança vem mais preocupada com a merenda escolar. Ou, os pais que trabalham e não tem uma outra opção onde deixarem os filhos, os colocam na escola”, aponta.

No período das eleições, Janete revela que sentiu certo receio em relação aos pais dos alunos e dos estudantes da EJA para com ela. Foi então que resolveu contar a sua história de vida.
Janete se alfabetizou ainda menina, mas só foi frequentar uma escola após os 30 anos. Ela precisou estudar no supletivo para chegar à faculdade e, posteriormente, concluir a pós-graduação. “Eles perceberam que a educação independe da idade”.

Natural do Amazonas, Janete está no Acre há mais de 20 anos e já se considera acreana. Além da paixão pelo Estado, ela declara amar a profissão.
“Muitas vezes as pessoas olham a nossa profissão como ‘coitadinho’, mas não somos. Somos pessoas muito importantes. Muita gente reclama apenas que o salário não é bom, mas se formos olhar somente para esse ponto deixamos de sermos motivadores da educação”.


Professores da rede estadual em planejamento

“Minha postura é sempre em relação ao aluno”

Em 2015, os professores deflagraram greve por um longo período. Este ano, as negociações caminham para uma nova paralisação, já que as reivindicações continuam sem serem atendidas. Em relação a isso, Janete Bezerra tem uma opinião contrária.

“Nós não deveríamos ter greve. Eu não concordo e nem discordo, dependendo da situação. Contudo, naquilo que prejudica o aluno, eu já discordo. Já o que traz benefício para o professor, eu concordo. Afinal, se uma pessoa está bem psicologicamente e fisicamente, ela fará um bom trabalho. O problema é quando prejudica o estudante. Então alguém diz assim: mas a gente paga a aula. Porém, isso não tem o mesmo segmento. Minha postura é sempre em relação ao aluno, o estudo, ele estar na escola”.

Caso haja uma nova greve, Janete afirma que irá apostar na democracia. “Abriremos uma precedente para a votação. Isso é democracia. Temos que respeitar o que a maioria decidir”, finaliza.

Volta às aulas exige mais cuidado e atenção no trânsito

O Departamento Estadual de Trânsito (Detran) chama a atenção para alguns cuidados necessários a fim de garantir a segurança e a fluidez no trânsito no entorno das escolas.
Com o início do ano letivo nas escolas da rede pública de ensino, marcado para a próxima segunda feira, 15, o trânsito será impactado com maior número de automóveis, motocicletas e pedestres nas ruas.

Para os pais que transportam os filhos e para os transportadores escolares, a primeira exigência é verificar se todos os ocupantes do veículo estão acomodados corretamente, de acordo com a capacidade do meio de transporte.

O uso de equipamentos de segurança adequados para cada idade é indispensável. A lei determina que bebês de zero a um ano viajem somente no “bebê conforto”, nunca no colo da mãe. Crianças de um a quatro ano devem utilizar a cadeirinha, e de quatro até os sete anos e meio devem ser transportadas no assento de elevação. A partir dessa idade, a criança deve ser transportada somente no banco de trás até os dez anos, sempre usando o cinto.

“É importante lembrar que nas proximidades de escolas a velocidade deve ser reduzida e a atenção, redobrada na hora do embarque e desembarque de crianças, que deve ser sempre pelo lado da calçada, e nunca pela rua”, orienta a coordenadora de educação de trânsito do Detran, Geny Polanco.


Agentes de trânsito auxiliam alunos na travessia e garantem a segurança

Sem greve, maioria das escolas públicas volta às aulas nesta segunda-feira

É hora de voltar às aulas. Sem negociação, a greve prometida para o início do ano letivo 2016 foi adiada para março. De acordo com a Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE), a maioria das escolas públicas deve retornar as aulas nesta segunda-feira, 15 de fevereiro.
Em 2015, a paralisação dos servidores da Educação do Estado durou 63 dias. A greve deixou muitos alunos e pais apreensivos com o ano letivo de 2016. Mas, enquanto não há negociação, as aulas começarão normalmente.

“Nós cumprimos todos os prazos de matrículas. Movimentamos mais de 14 mil alunos só em Rio Branco. No Estado, 158 mil alunos, destes 36 mil alunos são da zona rural. Nós já cumprimos toda a parte inicial de planejamento, fechamos a parte de lotação de professores. Estamos prontos para voltar às aulas”, afirmou o secretário de Educação, Marco Brandão, em entrevista ao programa Bom Dia Amazônia.

O secretário destacou que nenhum aluno corre o risco de ficar sem se matricular, pois ainda restam 7 mil vagas. “Tem mais vaga do que demanda, não há perigo de acontecer isso. O que acontece é que o aluno não quer estudar na escola que foi designado, porque todos os alunos querem estudar nas escolas do Centro”, disse.

A recomendação para os pais e responsáveis que ainda não conseguiram matricular os filhos é procurar a equipe de gestão da SEE. O horário de atendimento é das 7h às 12h e das 14h às 18h.
“Lembrando que nós temos matrículas até o dia 29 da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Qualquer contratempo, os pais podem procurar nossa equipe de gestão na Secretaria, que eles devem direcionar a escola mais próxima para o aluno. Todos os nossos coordenadores estão prontos e com respostas imediatas”, garantiu o secretário de Educação.


Secretário Marco Brandão afirma que os prazos de matrículas foram cumpridos, assim como o planejamento

Há risco de greve?

A presidente do Sindicato dos Professores da Rede Pública de Ensino do Estado do Acre (Sinproacre), Alcilene Gurgel, explica que a proposta do governo de aumento de 11,48% dividido em três parcelas foi rejeitada. A categoria decidiu propor um reajuste em forma de piso nacional para os professores de nível superior, também dividido em três parcelas.
Na próxima semana, a categoria deve se reunir com o governo para apresentar a nova proposta. “Nós defendemos o piso nacional para professores de nível supe-rior, que corresponde ao valor de R$ 2.402, em ordem crescente, a cada letra vai crescendo. Nós vamos brigar com o governo por essa proposta”, afirmou Gurgel.

Orientações sobre estacionamento e travessia nas ruas

De acordo com o coordenador da fiscalização de trânsito do Detran, Jones Costa, o estacionamento em fila dupla é um dos fatores que provocam mais congestionamentos. “O pai acha que parando rapidinho para deixar ou buscar uma criança não vai atrapalhar, mas essa atitude é infração de trânsito e causa grandes transtornos”, enfatiza.

Outra orientação importante é a respeito da travessia. Os pais ou responsáveis devem ensinar que ela deve ser realizada na faixa de pedestre. Onde elas não existem a travessia deve ser feita em linha reta, já que crianças são imprevisíveis e podem atravessar repentinamente ou até ficar atrás do carro, em espaço de difícil visibilidade.
Vale lembrar que a paciência e a gentileza ao dirigir são indispensáveis, já que o aumento do número de pessoas e veículos nas ruas deve provocar lentidão no trânsito em alguns pontos da cidade, principalmente nos horários de pico.  (Daigleíne Cavalcante / Agência Acre)

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