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Deprimente, revoltante

Aquilo que alguns juristas e políticos de bom senso temiam aconteceu: a justicialização ou interferência do Judiciário na política e agora no próprio Poder Executivo, com essa liminar arbitrária de um juiz de Brasília suspendendo a posse do ex-presidente Lula na chefia da Casa Civil da Presidência da República.

E o mais grave é que a decisão foi exarada por um juiz que, minutos depois, foi exposto nas redes sociais participando de atos contra a presidente da República, o que por si só denuncia a parcialidade de sua decisão.

Tem mais, nas mesmas redes sociais, foram também expostos comentários do mesmo magistrado, incitando o impeachment ou “golpe” da presidente sob o argumento que com sua queda o dólar baixaria e suas viagens a Miami ficariam mais em conta.

Decididamente, não dá para aceitar e tolerar esse tipo de comportamento de um magistrado tão pouco acatar suas decisões e o Governo já anunciou que irá recorrer para anular a liminar.

Este país já está vivendo uma crise econômica e política aguda, que já custou milhares de postos de trabalho e enfrenta graves problemas na área de saúde, com a infestação do mosquito Aedes Aegypti com suas terríveis doenças. Não é, entretanto, com este tipo de comportamento e decisão que se vai resolvê-la. É deprimente, é revoltante.

A Gazeta do Acre: