A vendedora Keyla Viviane dos Santos foi morta a facadas pelo ex-companheiro, em frente à loja de confecções Ok Magazine, onde trabalhava em Rio Branco. Após a fatalidade, amigos e funcionários da loja pediram paz e repudiaram qualquer tipo de violência contra a mulher na página de Facebook da empresa.
A publicação teve mais de 500 compartilhamentos. Nos comentários, amigos e familiares agradecem o apoio e pedem justiça. O sobrinho de Keyla, Matheus Tavares, comentou: “Obrigado por tudo, à toda a equipe e família Ok Magazine. Família, sim, porque todos estiveram nesse último momento com ela, e também nos amparando com uma palavra de consolo.”
Várias pessoas ficaram inconformadas com a forma brutal que a vendedora foi morta. Outros mostravam solidariedade com a família. “Esse crime bárbaro abalou a população acreana. Deus derrame cura sobre a cidade de Rio Branco”, escreveu Josineide Moreira.
O ex-companheiro, Adjunior Sena, 32 anos, foi preso ainda em flagrante em uma rua próximo ao local do crime. Segundo o boletim de ocorrência, a arma usada pelo suspeito foi achada com manchas e sangue. A jovem vendedora chegou a ser atendida pelo Samu, mas morreu enquanto recebia os primeiros-socorros.
Violência contra mulher
Segundo dados divulgados pela Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), quase 40% das mulheres em situação de violência sofrem agressões diariamente e outras 34%, semanalmente.
Muitas vítimas se recusam a procurar ajuda, seja por medo de sofrerem ainda mais abusos ou por estarem muito abaladas psicologicamente. Porém, o número de denúncias cresceu 600%, entre 2006 (quando a lei Maria da Penha foi sancionada) e 2013.
Ainda segundo o SPM-PR, em 67,36% dos relatos, os agressores foram homens com quem as vítimas tinham ou tiveram vínculo afetivo com as vítimas, como namorados, companheiros, amantes ou cônjuges. Outros 27% dos casos se deram com familiares, amigos, vizinhos ou conhecidos.
