O Banco da Amazônia realizou nesta quinta-feira, 3, o Encontro de Negócios e Perspectivas para 2016. O objetivo do evento é debater o cenário econômico atual, além da atuação do banco em 2015 e as oportunidades de investimento. Na ocasião, o banco anunciou que tem disponível para investir no Acre R$ 273,1 milhões este ano. Do total, R$ 236,6 milhões são de créditos de fomento e R$ 36,5 milhões de créditos da carteira nacional da organização.
O presidente do Banco da Amazônia, Marivaldo Melo, afirma que uma das premissas do banco é promover o desenvolvimento sustentável da região Amazônica. Para ele, o desenvolvimento é um equilíbrio baseado em três eixos: sustentabilidade social, sustentabilidade ambiental e sustentabilidade econômica.
Em todo o Estado, o investimento visa beneficiar, sobretudo, projetos de piscicultura e suinocultura. Além de apicultura, fruticultura, extrativismo, mandiocultura, pecuária de corte e de leite, produção de grãos, madeira, artesanatos, turismo,
Quanto à dificuldade de acesso às linhas de crédito, o presidente admite que a burocracia para obter os recursos seja grande. “O banco exige nada mais do que aquilo que está na legislação que regulamenta aquela atividade. Como é recurso público, nós não podemos financiar uma atividade que esteja em desacordo com as leis. Seria uma incoerência do banco financiar atividades que não estejam totalmente legalizadas.”
Para o presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado (Fieac), José Adriano, o Banco da Amazônia deveria lutar contra a burocracia na hora do acesso às linhas de crédito e as elevadas taxas de juros.
“Ele tem obrigação na missão de fomentar o empreendedorismo na nossa região. Para nós, na nossa região, ele tem uma obrigação muito maior ainda. A taxa de juros é um problema para todos os brasileiros”, disse Adriano.
O presidente da Fieac destaca que a luta da instituição contra o aumento da taxa de juros. “Não brigamos apenas para beneficiar o empresário. A gente acha que todos os trabalhos que os empresários desenvolvem se reflete na melhoria da qualidade de vida da sociedade. O Banco da Amazônia hoje trabalha com uma taxa de juros equivalente aos bancos especulativos.”
Parceria com o Governo do Acre
A parceria do banco e do Governo do Estado prevê a integração das classes produtivas e demais parceiros institucionais para a utilização dos valores disponíveis no Plano de Aplicação. O trabalho conjunto deve contribuir com a estruturação e o fortalecimento dos aglomerados econômicos.
A vice-governadora Nazaré Araújo ressalta a parceira entre governo e banco. Para ela, o evento é uma oportunidade de mostrar as possibilidades de negócios e perspectivas econômicas do Estado.