Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Dilma volta a condenar atitude de Moro e falar que magistrado cometeu crime

 A presidente Dilma Rousseff voltou a criticar o juiz Sérgio Moro, na manhã de sexta-feira, 18, pela divulgação da conversa entre ela e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dilma condenou a ação do magistrado e disse que ‘grampear o presidente’, sem a autorização do STF (Supremo Tribunal Federal), é crime e dá cadeia em outros países.

“Em muitos lugares do mundo, quem grampear o presidente vai preso se não tiver autorização judicial da Suprema Corte (…) Grampeia o presidente dos Estados Unidos e vê o que acontece com quem grampear”, declarou.

Durante a solenidade de posse de Lula, como ministro-chefe da Casa Civil, a presidente chegou a classificar a atitude de Moro como ‘agressão à democracia’. Dilma declarou ainda ser ‘a favor do rigoroso combate à corrupção’, mas questionou métodos que, segundo ela, violam a democracia. “Sou a favor de que todos os corruptos que cometam crimes vão para a cadeia. A única coisa que eu não sou a favor é que alguém justifique que, para combater a corrupção, a democracia tem de ir junto”, disse.

Por fim, ela condenou a ‘politização’ das instituições. “O meu governo respeita o Ministério Público e o Judiciário, mas consideramos uma volta atrás na roda da história a politização de qualquer uma dessas instituições”.

Quanto às declarações de Dilma Rousseff, o juiz federal apenas ressaltou que não vê problema na gravação da conversa entre Lula e Dilma. “Nem mesmo o supremo mandatário da República tem um privilégio absoluto no resguardo de suas comunicações”, escreveu, em despacho para defender a legalidade da interceptação do diálogo.

 

Sair da versão mobile