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Em discurso na Câmara, Angelim defende políticas de Economia Solidária

Coordenador da Frente Parlamentar de Apoio e Defesa da Economia Solidária, o deputado federal, Raimundo Angelim (PT-AC) subiu à tribuna da Câmara Federal na quarta-feira, 23, para defender a manutenção da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes) que pode deixar de existir.

“É preciso que a reforma administrativa ora em curso no Governo Federal preserve a Senaes em sua missão de fomentar e fortalecer empreendimentos econômicos solidários e suas redes de cooperação. Neste momento de crise, nada pode ser mais importante do que fortalecer a cidadania e o empreendedorismo, especialmente para aqueles que são os setores mais vulneráveis da nossa sociedade. É por isto que é necessário preservar as atribuições da Senaes”, disse em plenário.

De acordo com Angelim, apesar da crise econômica que o mundo enfrenta e que já se arrasta por quase uma década são justamente nesses momentos que surgem as janelas de oportunidades para as mudanças necessárias que, de outra forma, não aconteceriam.

“Nesse período, vem se desenvolvendo no Brasil um poderoso movimento de construção de uma nova economia, voltada para as necessidades básicas dos empreendedores populares, diretamente vinculada ao compromisso de garantir o abastecimento, de melhorar de forma contínua o padrão de vida das pessoas. Esta nova economia, a que chamamos de Economia Solidária, reconhece o poder de compra como um direito humano fundamental, com precedência em relação aos demais aspectos da economia. Busca superar a sociabilidade baseada na apropriação do trabalho do outro, enfrentando a alienação na produção, no consumo e na relação com a natureza”, justificou.

Resultado disto, ainda de acordo com o parlamentar, é que o Brasil possui hoje o maior movimento de Economia Solidária do mundo, em que se articulam milhares de iniciativas em diversos segmentos da atividade humana.

“Com um número expressivo de projetos e ações em andamento, a Economia Solidária chega em quase todos os municípios, constituindo-se em alternativa frente à crise internacional e seus reflexos no Brasil, apresentando-se como estratégia para a construção de um outro tipo de desenvolvimento, sustentável, solidário e popular. Por tudo isto, penso que já passou da hora de darmos à Economia Solidária uma escala compatível com a magnitude da população brasileira, promovendo à ao status de política de Estado. Para tanto, é fundamental que o Governo reconheça a necessidade de continuar fortalecendo as políticas públicas de Economia Solidária”, concluiu.

 

A Gazeta do Acre: