A ação da Polícia Federal contra o ex-presidente Lula, ocorrida na última sexta-feira, 4, continua repercutindo nos bastidores da política nacional. A ex-senadora Marina Silva, fundadora da Rede Sustentabilidade, ressaltou que ver ‘com tristeza’ as denúncias que atingem o Partido dos Trabalhadores.
“É triste, obviamente, ver um partido que no passado suscitou tantas esperanças na defesa da ética e no combate à corrupção, ser acusado dessa forma. E o pior, tendo que fazer apologia do conflito, do confronto, para se defender de acusações”, disse Marina, referindo-se as ações realizadas pelo PT após da deflagração da 24ª fase da Lava Jato.
“Espero que no nosso país possamos chegar a um tempo em que o funcionamento das instituições, a autonomia das instituições, não tenha que ser combatido por agentes públicos”, salientou.
A ex-petista defendeu as investigações contra Lula, porém, frisou que não se pode condenar o ex-presidente ‘a priori’ nem ‘desqualificar’ os indícios de irregularidades apresentados pela Justiça e pelo Ministério Público contra ele. Para ela, é preciso aguardar o andamento das investigações.
Sobre o impeachment, Marina diz que “se ficar comprovado que a campanha de Dilma foi financiada por recursos desviados do esquema de corrupção na Petrobras, a Justiça que dê o seu veredicto e devolva à sociedade brasileira a prerrogativa de corrigir o erro que cometeu involuntariamente”.