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Fieac e Segurança Pública discutem onda de crimes em indústrias

Em busca de soluções para os constantes assaltos sofridos em diversos empreendimentos da capital, presidentes dos sindicatos industriais e a diretoria da Fieac se reuniram na noite de segunda, 14 de março, na Casa da Indústria, com a cúpula da Segurança Pública do Estado. De acordo com o presidente José Adriano Ribeiro, a iniciativa é um primeiro passo para um grande envolvimento que se pretende obter com apoio da comunidade e demais órgãos envolvidos direta e indiretamente com o sistema de segurança estadual.

Durante o encontro, o secretário adjunto de Integração Operacional e coronel da Polícia Militar, Ricardo Brandão dos Santos, afirmou que tanto a Secretaria de Segurança Pública quanto os comandos gerais das polícias Militar e Civil estão dispostos a colaborar e ouvir os empresários. “A falta de diálogo só interessa ao crime. Queremos que todos percebam como a Segurança Pública está trabalhando e as dificuldades que o Estado passa. Mas acredito que sempre há solução. É possível evoluirmos”, garantiu.

O primeiro passo para a abertura do diálogo partiu do presidente do Sindicato das Indústrias Alimentares do Estado (Sinpal), José Luiz Assis Felício, que, depois de várias reclamações dos filiados, procurou a Secretaria de Segurança Pública para falar dos problemas enfrentados. “Fomos muito bem recebidos e tivemos um entendimento muito grande por parte dos secretários Emylson Farias e Ricardo. Foi, então, que surgiu a ideia de fazer uma reunião maior, com a participação de todos os presidentes de sindicatos, pois a situação, para alguns, é de desespero devido aos assaltos constantes”, justificou o empresário. “O objetivo é construir um movimento ‘Eu quero a minha cidade mais segura’, engajando cada cidadão”.

Apesar das queixas de assaltos constantes, Ricardo Brandão justificou que a Polícia Militar do Acre é uma das que mais realizam apreensões. No entanto, por conter muitas brechas, as leis brasileiras têm beneficiado muito mais os criminosos do que os cidadãos de bem. “Estamos nos colocando à disposição para estabelecer um diálogo maior com a sociedade, nos aproximar mais, deixar uma agenda de trabalho para avaliação conjunta. Precisamos criar uma cultura de falar sobre segurança pública e o segmento empresarial é um dos mais importantes para conseguirmos isso”, destacou.

José Adriano afirmou que será criado um ambiente de discussões dentro do Fórum Permanente de Desenvolvimento Regional, onde presidentes de diversas entidades representativas do setor produtivo terão a oportunidade de contribuir e ampliar o debate. “Acredito que esta seja uma iniciativa inédita no nosso estado. Estarmos aqui, discutindo com a cúpula da Segurança Pública, já demonstra que eles têm uma humildade e vontade de fazer. Por parte dos empresários, tenho certeza de que poderemos contribuir muito com esse trabalho, que será um grande legado que deixaremos para o futuro”, finalizou.

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