A paralisação de dois dias, promovida pelo Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed/AC) foi encerrada com menos de 24h de movimento. A Justiça determinou que 75% dos médicos estivessem em seus postos de trabalho. A ação foi movida pela Secretaria Estadual de Saúde e anunciada no final da tarde desta quarta-feira, 16.
Os diretores do Sindmed decidiram pelo fim do movimento, devido ao rigor das sanções impostas pela liminar. De acordo com o documento, caso a categoria não cumprisse a determinação, a entidade teria que pagar R$ 5 mil por hora, caso não mantenha 75% dos médicos no atendimento.
O movimento dos médicos dava foco sobre a falta de leitos, a falta de medicamentos, a falta de médicos nos serviços de urgência e emergência, a falta de vagas nas UTIs, além do flagrante caso de obras inacabadas em hospitais. Todas as situações em que qualquer cidadão e familiares que necessitem de serviços público de saúde sofrerão devido às denúncias.
De acordo com nota divulgada, o Sindmed/AC esclarece que sempre esteve disponível para as negociações, mas a constante intransigência do Governo do Estado em protelar um acordo traz revolta a toda a categoria. “Desde de 2011 se busca negociar melhores condições de trabalho e melhorias na estrutura da Saúde”.
O secretário estadual de Saúde, Gemil de Abreu Júnior, explicou que 30% do efetivo não atende a demanda necessária para o atendimento médico da população. “Isso demonstra que a sociedade iria ser prejudicada, mas fomos amparados pela Justiça “, ressaltou o secretário
Junior afirma ainda que poucos profissionais aderiram ao movimento e houve atendimento normal, como foi o caso do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb).
Por outro lado, uma nova assembleia da categoria será marcada para a deliberação de greve por tempo indeterminado a partir do dia 31 de março de 2016. De acordo com sindicato, nesse primeiro ato, 600 profissionais aderiram ao ato e cruzaram os braços para reivindicar melhorias para a categoria.
Entre as exigências da categoria estão a contratação dos profissionais aprovados no último concurso público, realizado em 2013 e 2014.