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Governista pede intervenção do MP quanto a possível superfaturamento nas vendas de produtos hospitalares

 O deputado Raimundinho da Saúde (PTN) destacou a possibilidade de existência de superfaturamento nas vendas das empresas que comercializam produtos hospitalares e participam de licitações para vender ao Governo do Estado. A denúncia foi feita pelo parlamentar na sessão ordinária de quarta-feira, 16.

Segundo Raimundinho da Saúde, os valores chegam até 20 vezes a mais do que é comercializado no varejo. Ele pediu intervenção do Ministério Público no assunto.

“A situação é mais que preocupante. Para se ter ideia, o Estado tem comprado uma saca de gesso por R$ 170 quando essa mesma saca é vendida ao consumidor por apenas R$ 35. Como se explica isso? Um aparelho de prótese que custa R$ 35 ao consumidor, no processo licitatório sai a R$ 480. Não adianta colocar mais recursos se não houver uma fiscalização do Ministério Público”.

O deputado sugeriu que o MP realize uma fiscalização rigorosa nas empresas licitadas. “É mais do que necessário uma investigação. O exemplo que dei anteriormente foi apenas a ponta do iceberg. Se encontramos discrepância em apenas dois produtos, imagina nos demais que são comercializados país afora”,

Para o parlamentar, são ações como essas que impedem um serviço de qualidade à população no que diz respeito a Saúde no Acre. “Enquanto estiver acontecendo este tipo de absurdo, não vamos ter saúde de qualidade. É preciso que se coloque um fim nessa pouca vergonha. Portanto, peço ao promotor de Justiça, Glaucio Ney Shiroma Oshiro, para investigar esse superfaturamento”, disse, ao comentar que a Saúde pode parar caso os investimentos cessem.

“Situações como essa tendem a diminuir os investimentos na área. E, não havendo investimentos, a saúde poderá parar em outubro. Esses foram um dos temas debatidos na reunião da Unale recentemente. Não adiante fazer investimentos, se não houver uma fiscalização nas formas como são feitas as vendas de materiais para administrações públicas”, finalizou.

 

A Gazeta do Acre: