Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Ministro Teori Zavascki homologada a deleção premiada de Delcídio do Amaral

Ministro Teori Zavascki homologada a deleção premiada de Delcídio do Amaral

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, homologou na manhã de ontem, 15, a delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) sobre o esquema de corrupção da Petrobras à força-tarefa da Operação Lava Jato.

A homologação confere validade jurídica ao acordo, atestando que ele cumpre regras estabelecidas em lei. A partir desse ato, a PGR poderá separar fatos narrados pelo senador, em depoimentos já prestados, que levantam suspeitas sobre crimes e pessoas neles supostamente envolvidas.

A colaboração do parlamentar traz citações à presidente Dilma Rousseff, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministros e ex-ministros e ainda a integrantes da cúpula do PMDB no Senado e ao presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG).

De acordo com a delação, publicada pela revista “IstoÉ”, o parlamentar revelou que Lula mandou comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e de outras testemunhas.

Ele afirmou ainda que o ex-presidente pediu a ele ajudasse o pecuarista José Carlos Bumlai, uma vez que o empresário estaria implicado nas delações de Fernando Baiano e Nestor Cerveró.

Em sua delação, Delcídio também falou que Dilma Rousseff usou sua influência para evitar a punição de empreiteiros, ao nomear o ministro Marcelo Navarro para o STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Delcídio mencionou ainda senadores e deputados tanto da base aliada quando oposição. De acordo com o relato publicado na “IstoÉ”, a presidente tentou três vezes interferir na Lava Jato com a ajuda do ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

“É indiscutível e inegável a movimentação sistemática do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da própria presidente Dilma Rousseff no sentido de tentar promover a soltura de réus presos no curso da referida operação”, afirmou.

Quanto às denúncias de Delcídio, o Instituto Lula afirmou, por meio de nota, que o ex-presidente “jamais participou, direta ou indiretamente, de qualquer ilegalidade, seja nos fatos investigados pela operação Lava Jato, ou em qualquer outro, antes, durante ou depois de seu governo”.

 

Sair da versão mobile