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Moro diz que condução coercitiva de Lula não é ‘antecipação de culpa’

CURITIBA, PR, 02.03.2015: EDUCAÇÃO-PR - Juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelo caso da Operação Lava Jato, após a aula inaugural para estudantes de direito na ESMAFE/PR (Escola Superior da Magistratura Federal), em Curitiba, na noite desta segunda-feira (2). (Foto: Rodolfo Buhrer / La Imagem / Fotoarena)

O juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelas ações da Operação Lava Jato na primeira instância, divulgou nota na manhã de sábado, 5, na qual afirma que as medidas de busca e apreensão e condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “não significam antecipação de culpa”. Moro também manifestou repúdio a atos de violência.

A Polícia Federal deflagrou, na sexta-feira, 4, nova etapa da Operação Lava Jato, cujo foco era o ex-presidente. Além de levar Lula para depor, em um posto da PF no aeroporto de Congonhas, os policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão na casa do ex-presidente, em São Bernardo do Campo (SP), na sede do Instituto Lula, na capital paulista, e no sítio que era usado por ele em Atibaia (SP).

Na nota, Moro disse que as “medidas investigatórias visam apenas o esclarecimento da verdade e não significam antecipação de culpa do ex-presidente”.

Moro afirmou, ainda, que foram tomados cuidados para preservar a imagem de Lula. “Lamenta-se que as diligências tenham levado a pontuais confrontos em manifestação políticas inflamadas, com agressões a inocentes, exatamente o que se pretendia evitar”, escreveu.

O juiz federal declarou, ainda, repúdio a “atos de violência de qualquer natureza, origem e direcionamento, bem como a incitação à prática de violência, ofensas ou ameaças a quem quer que seja, a investigados, a partidos políticos, a instituições constituídas ou a qualquer pessoa”.

Neste sábado, cerca de 250 militantes petistas e simpatizantes se reuniram na frente do prédio onde mora Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo do Campo, no ABC. Eles estão em vigília para demonstrar apoio ao ex-presidente, que é investigado pela Justiça Federal por suspeita de ter sido beneficiado pelo esquema de desvios de dinheiro na Petrobras.

 

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