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Paciente acusa médico da rede pública de saúde de extorsão

 O mototaxista, Edi Carlos Pessoa, de 41 anos, sofreu um acidente de moto no dia 29 de janeiro deste ano. Ele conta que após a cirurgia realizada no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), foi solicitado o laudo médico para dar entrada no Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT).

“Quando recebi alta me disseram que só quem poderia me passar o laudo era o médico que fez a cirurgia no meu pé. O médico do Instituto Médico Legal (IML) disse que eu tinha que pegar o laudo com ele, então fui à procura do médico”, disse Carlos.

Segundo Edi Carlos, o ortopedista que realizou a cirurgia disse que só poderia conceder o laudo médico se mototaxista fosse dar entrada no seguro com um amigo. “Ele disse que iria me dar o laudo com as seguintes condições: que eu desse entrada no seguro com o amigo dele. Eu disse pra ele que não precisaria de ninguém, e que isso era extorsão. Ele disse que só me daria o laudo dessa forma.”

Após a insistência do médico, Edi Carlos aceitou a condição do ortopedista, mas mesmo assim não conseguiu o atestado. “Eu disse que aceitava. Ai ele disse que me daria o número do amigo dele e que eu iria pegar o laudo com ele. Eu falei que dessa forma eu não queria e que ia a procura dos meus direitos”, contou o mototaxista.

Sem acordo, Carlos registrou um Boletim de Ocorrência (BO) e fez uma denuncia junto ao Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM/AC). Ele explica que denunciará o caso ao Ministério Público do Acre (MP/AC). “Tenho certeza que outras pessoas estão sendo lesadas dessa forma. Eu só quero o laudo para dar entrada no seguro e que outras pessoas não passem por essa situação.”

A equipe do jornal A GAZETA, tentou contato com o médico por telefone, mas foi informada de que ele estaria viajando a trabalho. Além disso, a equipe não conseguiu falar com nenhum representante do CRM/AC.

 

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