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Prefeito de Brasileia paralisa obras na Avenida Marinho Monte e moradores interditam a BR-317

 Membros do grupo SOS Marinho Monte e da população de Brasileia interditaram na manhã desta terça-feira, 8, a BR-317. A ação é uma medida de revolta pela paralisação das obras na Avenida Marinho Monte por articulação política do prefeito Everaldo Gomes (PMDB), que esteve em Brasília e se uniu ao senador Gladson Cameli (PP) e ao deputado Flaviano Melo (PMDB) para que a prefeitura assumisse as obras. O bloqueio na estrada durou quase 10 horas.

Principal Avenida de Brasileia, a Marinho Monte é uma parte da BR-317 dentro da cidade. Fora da área de alagação urbana, além de corredor para a cidade de Assis Brasil e o Peru, a avenida reúne os principais comerciantes do município.

Ainda assim, seu estado hoje é de total degradação. E ouvindo o clamor da população, o governador Tião Viana se responsabilizou, com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), por sua total reconstrução.

Os manifestantes usaram uma tora de madeira para impedir o trafego de veículos na via federal. Alguns comerciantes chegaram a fechar seus estabelecimentos na avenida, também em protesto. O governo do Estado já se manifestou de que está apto a retomar as obras assim que permitido.

Segundo o diretor do Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre), Cristovam Moura, “a população de Brasileia é vítima de uma articulação política exclusivamente eleitoreira que visa desacreditar o compromisso do governador Tião Viana. O governador foi quem encontrou uma solução, nós chegamos a iniciar os trabalhos, mas, devido a uma manobra política, tivemos que paralisar. Agora estamos aqui e viemos retificar a palavra do governador de retomar a obra”.

Entenda o caso

Há algum tempo, um grupo de empresários de Brasileia, angustiado com a situação da avenida, fundou o movimento SOS Marinho Monte e buscou ajuda do governador como último recurso, já que a recuperação da avenida é obrigação da prefeitura, que afirmara a eles não ter como fazê-la.

Tião Viana – que já havia tentado assumir a recuperação da avenida oito vezes junto à prefeitura, todas negadas – decidiu que a situação deveria ser resolvida de uma vez por todas, e assumiu esse papel.

As obras então tiveram início, com o Dnit se responsabilizando pela recuperação asfáltica da avenida, colocando máquinas na pista e insumos nos canteiros. Já o governo do Estado assumiu toda a parte de drenagem, calçamento, esgoto e uma novidade para a população: ciclovia.

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