Deputados da situação e oposição voltaram a comentar, na sessão de ontem, 27, no parlamento estadual, sobre os desdobramentos da Operação Lares. A operação foi deflagrada em fevereiro desse ano. E na última terça-feira, 26, a Polícia Civil cumpriu seis mandados de buscas e apreensões, efetuando quatro prisões preventivas de pessoas envolvidas no esquema de venda das casas populares.
O deputado da base governista, Heitor Junior (PDT), defende que o secretário estadual de Habitação seja afastado do cargo até que as investigações sejam encerradas. Ele salienta que a atitude não se trata de um pré-julgamento, mas uma medida a fim de ajudar na resolução da questão.
“É de extrema importância que ocorra uma apuração rigorosa. Eu acredito que o mais correto seria afastar o secretário do cargo até que toda a investigação seja concluída. Não se trata de um pré-julgamento, mas, às vezes, esse tipo de ação se faz necessária para que a apuração ocorra de forma célere”, disse.
O deputado da oposição Gehlen Diniz (PP) frisou que a posição correta do Governo do Estado seria a demissão de Jamyl Asfury. “A meu ver, o mais sensato seria a demissão do secretário. Restou comprovado que os assessores envolvidos tentaram destruir provas, o que garante que isso não continuará a acontecer. Se ficar provada, a inocência dele, que seja reintegrado ao cargo”.
O líder do governo, deputado Daniel Zen, também comentou o assunto. Ele salientou a iniciativa do governo em determinar a investigação.
“Alguns deputados questionam sobre a determinação do Governo do Estado em relação à Operação Lares. Houve, sim, uma determinação do governador para dar início a essa investigação e não é a toa que está aí o resultado: pessoas foram presas. Se houverem outras prisões, essas ocorrerão sem óbice, sem obstáculo por parte do governo. Ao contrário, estamos apoiando que toda essa quadrilha seja desmantelada”, finalizou.