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Leo de Brito alerta para risco de Cunha se tornar vice-presidente da República

(Foto: Zeca Ribeiro - Câmara dos Deputados)

O deputado federal Leo de Brito se pronunciou nesta quinta-feira, 14, no Conselho de Ética da Câmara, onde está em discussão o processo contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha. O parlamentar alertou mais uma vez para as manobras de Cunha e seus aliados, que vêm atrapalhado o trabalho da comissão e acusou o vice-presidente da República, Michel Temer, de transformar o processo de impeachment em uma espécie de ‘eleição indireta’ para que os dois peemedebistas assumam a presidência.

“E eu digo que o presidente desta casa é uma pessoa de sorte porque, apesar de ser réu no STF, com o apoio de muitos deputados aqui ele pode virar vice-presidente da República. Esse processo de impeachment agora virou uma espécie de ‘eleição indireta’. Só falta o atual vice-presidente, Michel Temer, que vai entrar para a história como um conspirador e golpista, ir para a porta do plenário fazer campanha ‘Temer presidente’.”, afirmou o deputado.

Leo demonstrou preocupação com os rumos dos trabalhos do conselho e com a possível existência de um acordão para tentar salvar Cunha, investigado por suspeita de manter contas bancárias secretas no exterior e de ter mentido sobre a existência delas em depoimento no ano passado, à CPI da Petrobras. 

“O que se cogita é que existe um processo em curso de tentativa de salvação do presidente da Casa”, alertou. “A Comissão do Impeachment, que era comandada por Cunha, andou a jato. Agora, aqui no Conselho de Ética, nós estamos sendo bloqueados pela Mesa Diretora. Vamos bater o recorde [de demora] de um processo tramitando aqui”, completa Brito.

Por último, Leo afirmou que a conspiração em curso já vem circulando nos bastidores da política e também na mídia. “Primeiro, ouve-se sobre o modus operandi das ameaças, como foi testemunhado pelo deputado Aliel Machado. Segundo, que já estão sendo inclusive nomeados ministros. Terceiro, que está sendo prometido acabar com a lava-jato, para alguns deputados”, finalizou.

 

A Gazeta do Acre: