A auxiliar de serviços gerais Ivanilda Barbosa, de 35 anos, afirmou, durante velório do filho, que o menor estava sendo ameaçado dentro do Centro Socioeducativo Aquiry e que, inclusive, ela já havia pedido a transferência dele para outra unidade. O adolescente de 17 anos morreu na noite desta sexta-feira, 15, em Rio Branco, após ser agredido por outros três colegas de alojamento.
A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o crime. Câmeras de segurança da unidade devem ajudar a esclarecer a morte.
Ivanilda afirma que durante as visitas da família, chegou a encontrar o filho Daniel Barbosa Matos com lesões de agressão e que ele pediu que o tirassem de lá, porque estava sendo ameaçado. A auxiliar de serviços gerais acredita que o motivo da morte seria porque o filho não queria entrar em uma facção, que os outros menores fariam parte.
“Pedi para transferirem ele, e deixaram matar o meu filho. Uma covardia dessas. Meu filho tinha pedido que eu tirasse ele de lá, porque os meninos iam matá-lo. Quero justiça, porque não aceito essa covardia que fizeram. Ele estava lá para pagar o erro que cometeu, e não para morrer desse jeito”, diz entre lágrimas.
A mãe diz que o jovem tinha sido transferido do Centro Socioeducativo Santa Juliana há um mês. “Depois que foi transferido para o Aquiry ele foi agredido lá e falaram que ele ia ser levado de volta, mas não levaram, continuaram deixando ele lá”, afirma.
Ivanilda questiona ainda como que ocorreu a agressão que tirou a vida do menor Daniel Matos. Ela afirma que o filho teve a cabeça partida. “Como entra uma arma dentro de uma cela daquela? Quero uma explicação”, desabafa.