A Operação Lares, realizada pela Polícia Civil e Ministério e Público do Acre (MP-AC), investiga a venda ilegal de casas populares do programa Minha Casa, Minha Vida. Nesta segunda fase deflagrada na terça-feira, 26, foram presos os diretores executivo e social da Secretaria de Habitação do Acre (Sehab), Daniel Gomes e Marcos Hulk. A ex-funcionária terceirizada Cícera Silva e a assistente social Rossandra Lima também foram presas. Além disso, cinco veículos foram apreendidos.
O esquema de venda ilegal de casas populares movimentou cerca de R$ 1 milhão no Estado. Desde o começo da investigação, mais de 100 pessoas foram ouvidas. Foi identificada a venda de 40 unidades habitacionais. As casas eram vendidas por R$ 5 mil a R$ 30 mil.
Envolvida no esquema, Rossandra passou de assistente social a empresária. Com o dinheiro ilícito, ela montou uma doceria e adquiriu vários veículos. Ela chegou a revelar o valor investido no empreendimento à polícia, porém somente no final das investigações a quantia deve ser divulgada.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Roberth Alencar, mais pessoas podem estar envolvidas no esquema, portanto, as investigações continuam.
Mas, qual o destino das unidades habitacionais que foram vendidas? Quanto tempo as pessoas que estão na fila de espera ainda vão ter que aguardar?
Através da assessoria, a Secretaria de Habitação do Acre (Sehab), informou que o órgão não tem autonomia para retomar as casas, pois o contrato é feito pela Caixa Econômica Federal. O governo é responsável apenas pela execução das obras. “Essa situação só será definida após o encerramento das investigações. Pessoas ainda estão sendo ouvidas”, afirmou a assessoria.
O Jornal A GAZETA acompanhará todo o processo de investigação e o desfecho final da Operação Lares.