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Saúde de Rio Branco realiza campanha de vacinação antirrábica na zona rural

A secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco, por meio do Centro de Controle de Zoonoses – CCZ, iniciou nesta terça-feira, 5, a vacinação antirrábica 2016 com uma ação na zona rural da capital. Nesta atividade, Agentes de Zoonoses vacinaram cães e gatos dos ramais Limoeiro e Boa Água. O calendário de vacinação prossegue até agosto pelas comunidades do entorno de Rio Branco, para depois ser iniciado na zona urbana do município.

O coordenador do Centro de Controle de Zoonoses, Everto Arruda, explica que a zona rural concentra uma grande quantidade de cães e gatos e merece atenção especial devido à incidência de morcegos, transmissores de raiva. “Os morcegos podem contaminar o gado e a raiva pode chegar aos cães e gatos, colocando a vida humana em risco”, ressalta.

A vacinação prossegue até o próximo dia 11 na região do Boa Água até chegar na Estrada de Porto Acre e na área do Quixadá. Em seguida, de 13 a 21 de abril, os Agentes de Zoonoses irão vacinar os animais da Estrada Transacreana. Já no mês de maio, a vacinação será nos ramais do Belo Jardim e em junho na Custódio Freire, Barro Vermelho e Vila Jorge Kalume.

O último caso de raiva animal registrado em Rio Branco foi no ano de 2000 e o objetivo da campanha, segundo o secretário de Saúde de Rio Branco, é garantir que não haja novos casos da doença, “protegendo, assim, a vida dos animais e principalmente das pessoas”.

No Ramal do Limoeiro, a campanha foi realizada em uma área da Escola Sebastião Pedrosa e vários produtores rurais levaram os animais para vacinar. Seu Edmar Santos diz que além de serem de estimação, os três cachorros ajudam na sobrevivência da família, caçando pequenos animais que são usados na alimentação da mulher e dos quatro filhos. “É muito bom que essa equipe venha vacinar nossos bichos aqui pertinho de casa. A gente vacina e já volta pro roçado”.

A meta do Centro de Controle de Zoonoses de Rio Branco é vacinar este ano mais de 45 mil cães e gatos nas zonas rural e urbana da capital. No ano passado, foram vacinados 48.286 animais. A vacinação foi feita nas zonas ribeirinha, rural e urbana. Na cidade, a vacinação foi realizada nos bairros e todos os sábados a equipe do CCZ realizava vacinação em pontos como Horto Florestal e Parque do Tucumã.

Consultas e medicamentos – Além da vacinação, os animais da zona rural também são consultados e medicados. O coordenador do Centro de Zoonoses, médico veterinário, Everto Arruda, consulta os animais, entrega a medicação e quando não há o medicamento indicado na rede pública, já prescreve a medicação.

A maioria dos casos, segundo veterinário, é de problemas de pele – sarna – e da doença do carrapato, o que debilita muito os cães.

Um caso grave também foi atendido, nesta terça-feira, no Ramal do Limoeiro. Um cachorro com tosse de canis, doença do carrapato e muito debilitado, recebeu medicação por meio de soro no próprio local onde estava deitado há dias. Duas horas depois de tomar a glicose e os remédios, o animal pôde ser transportado até o Centro de Controle de Zoonoses em segurança. Everton explica que sem a medicação ministrada de imediato ele não suportaria a viagem até o CCZ, onde vai ficar internado e tratado até que possa ser levado de volta para a casa dos donos, na zona rural.

A dona do animal, Sandra Lopes, ficou emocionada com o atendimento feito pela equipe ao cão ali mesmo no local. “Foi Deus quem mandou essa equipe aqui hoje, senão meu cachorro ia morrer, porque não tenho transporte para leva-lo até a cidade. Eles deram o soro lá no local onde estava deitado e logo ele reagiu. Fiquei muito feliz”.

Castração – O coordenador do Centro de Zoonoses, Everton Arruda, conta que recentemente o CCZ inovou também em realizar castrações na zona rural, como ocorreu no projeto Moreno Maia em fevereiro deste ano. Uma forma de garantir a redução do número de animais sem donos.

Everton ressalta que os procedimentos foram feitos em local adequado para as cirurgias, com todos os cuidados necessários. A ideia é continuar fazendo as castrações. “A gente visita o local, procura espaços como unidades de saúde rurais e faz os procedimentos de forma segura”, ressalta.

Desde 2013, segundo Everton, foram castrados mais de 2.200 cães na zona urbana de Rio Branco. Ele e os estagiários do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Acre (Ufac) realizam castrações gratuitas de animais às quartas-feiras e sábados, na sede do CCZ. São castrados os cães recolhidos nas ruas e cujos donos não os procuram na sede do CCZ e animais levados por sociedades protetoras, que só doam animais já castrados.

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