O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse considerar “plausível” a esse de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), tenha de se afastar do cargo em razão de estar na linha de sucessão da Presidência da República, já que a Constituição diz que o presidente da República não pode exercer o cargo caso responda a processo no STF. Cunha, que assume o cargo em caso de afastamento ou ausência da presidente Dilma Rousseff ou do vice Michel Temer, responde pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro na Corte.
No final do ano passado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu o afastamento de Cunha por entender que estaria utilizado o cargo de presidente da Câmara para se proteger e retaliar os adversários. Ontem, 18, o ministro do STF Teori Zavascki, relator do pedido de afastamento e dos processos da Operação Lava-Jato, disse que não tinha previsão de quando o caso deverá ser levado a julgamento pelo plenário da Corte.