Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Senado Federal define vagas na comissão do impeachment de Dilma

Senado Federal define vagas na comissão do impeachment de Dilma

 Os senadores definiram na manhã de ontem, 19, que irão seguir o mesmo esquema da Câmara dos Deputados para dar seguimento ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A instalação deve ocorrer na próxima terça, 26.

“A expectativa é que na próxima terça-feira vamos eleger no plenário do Senado Federal a comissão especial, que é quem ditará o ritmo da instrução processual porque ela vai dar o parecer sobre a admissibilidade ou inadmissibilidade”, disse Renan.

Renan Calheiros afirmou que a tramitação do processo de impeachment é tumultuada e classificou como ‘um horror’ a reunião de líderes realizada ontem, na qual foi pontuada por muitas discordâncias.

“O processo, por si só, é muito tumultuado. Vocês não sabem o que significou fazer uma mera reunião de líderes para decidir se a composição da comissão se daria por bloco ou por partido. Caberia ao presidente dizer se seria partido ou bloco, mas eu resolvi democratizar essa decisão e compartilhar essa decisão com os líderes. Foi um horror que não recomendo nem que nós façamos uma segunda reunião”, afirmou.

Os parlamentares decidiram que a divisão das vagas será feita por blocos partidários, e não por partidos.

A eleição da comissão pode ser feita rapidamente, bastando que, para isso, todos os membros sejam indicados pelos partidos. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), disse que a expectativa é que na próxima terça-feira todo trâmite já esteja resolvido.

Se a comissão for instalada no dia 26, terá a partir desta data 48 horas para eleger seu presidente e relator. Depois disso, terá 10 dias úteis para apresentar parecer sobre se o processo de impeachment deve ou não ser admitido no Senado.

Assim que o parecer for apresentado, o plenário do Senado vota. São necessários os votos de 41 dos 81 senadores para a abertura do processo.

Se o processo for aceito, a presidente Dilma será afastada temporariamente de suas funções e o vice, Michel Temer, assume a Presidência. Aí inicia fase em que o Senado vai julgar se as denúncias contra Dilma justificam o seu impedimento do cargo.

Se a maioria dos senadores considerá-la culpada. A presidente Dilma será cassada e fica inelegível por oito anos.

Sair da versão mobile