Empresários do setor industrial se reuniram na Federação das Indústrias do Acre (Fieac), na tarde desta segunda-feira, 18 de abril, com o novo superintendente do Banco da Amazônia no Acre (Basa), André Luiz Rodrigues Vargas, para debater gargalos que envolvem as instituições.
Segundo o presidente da Fieac, José Adriano Ribeiro, a imagem do banco, perante os empresários, já mudou muito, e para melhor. “No entanto, temos determinados mecanismos lá dentro que dependem muito da força de trabalho para poder melhorar a relação com o cliente. Acredito que a maior dificuldade quando se entra um novo gestor é a questão da sensibilização, fazer com que as pessoas mudem junto com você. O Acre é um estado emblemático dentro do portfólio das possibilidades do banco, somos pequenos, mas politizados”.
Vargas assumiu a superintendência do banco há pouco tempo e seu maior desafio, segundo ele, é estreitar o relacionamento com os clientes. “Banco é relacionamento. O cliente precisa se relacionar bem com o gerente, por isso peço que se houver alguma dificuldade nesse sentido, a superintendência precisa saber para, assim, tomarmos alguns procedimentos administrativos”.
Ele enfatizou, ainda, que o Basa precisa muito do setor industrial para fortalecer a instituição no estado. Também anunciou que a instituição tem um orçamento de 273 milhões para ser investido no Acre, mas o grande desafio ainda é o fato de pulverizar o recurso. “Seria muito fácil concentrar esse recurso em dez clientes, por exemplo, mas existe uma determinação para que 50% seja destinado para micro e pequenas empresas”.
“Não podemos mais pensar em somente oferecer o recurso, porque hoje sabemos que a realidade é bem difícil, onde a inadimplência é alta. Ninguém quer ficar devendo, mas fomos enganados pelos números da economia e por isso precisamos nos dar as mãos para resolver essa questão. Essas tentativas que estamos fazendo é para tentar, pelo menos, incentivar a base da indústria, porque senão, o prejuízo é certo”, concluiu José Adriano.