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Nenhum entusiasmo

Nem a sociedade e nem mesmo o mercado reagiram com algum entusiasmo ao pacote com as primeiras medidas do Governo, anunciadas ontem pelo presidente interino Michel Temer e pelo seu ministro da Fazenda, Henrique Meireles.

A sociedade não poderia mesmo reagir, positivamente, considerando que uma das medidas anunciadas será a redução de gastos com a Saúde e Educação, dois serviços essenciais que se ressentem da falta de recursos e não de sobras. No setor de Saúde, de modo especial, basta ver todos os dias o drama da população nas filas dos hospitais.

Na verdade, depois do escândalo do vazamento da conversa de um dos seus “homens fortes”, o senador Romero Jucá, o que o presidente interino teria a fazer seria devolver o mandato à sua antecessora e voltar à sua interinidade ou insignificância, porque nessas duas semanas não conseguiu transmitir confiança e tão pouco pacificar o país. Nem invocando o nome de Deus em vão, como ele fez ontem.

A essas alturas, o melhor mesmo para o país seria a convocação de nova eleição para que a sociedade se manifeste pelo voto sua vontade soberana, depois do vergonhoso processo de impeachment, cujas manobras sujas estão emergindo do lamaçal com vazamentos de conversas como esta que se assistiu e outras que ainda estão por vir.

A Gazeta do Acre: