Dirigentes do Partido dos Trabalhadores (PT) reuniram-se, na manhã desta segunda-feira, 16, neste que foi o primeiro encontro após o afastamento de Dilma Rousseff da Presidência da República, pelo período de 180 dias.
Na ocasião, foram debatidas as perspectivas do partido pós-impeachment e a estratégia de mobilização em defesa do mandato de Dilma. De acordo com o presidente nacional da sigla, Rui Falcão, o PT continuará fazendo oposição ao governo de Michel Temer (PMDB).
“O PT continuará alinhado com os partidos, frentes e movimentos do ‘Não ao Golpe. Fora Temer!’”, escreveu Rui Falcão no twitter.
Rui Falcão também publicou um artigo no site oficial do partido, classificando o atual governo de “usurpador”. Ele pontua que Temer erra ao “avançar em privatizações, em rever políticas sociais e de reforma agrária, bem como de acabar com o multilateralismo da política externa brasileira, retornando à dependência dos Estados Unidos”.
Na reunião, ficou acordado que o PT deverá elaborar uma resolução, apontando a “fragilidade” e “impopularidade” do governo Temer. “Houve um consenso absoluto [na reunião] em relação à fragilidade desse governo interino, seu caráter antipopular e o feitio que ele toma de ser um governo não afeito à diversidades e comprometido com a retirada de direitos sociais”, afirmou o senador Humberto Costa (PT-PE).
Ele ressalta ainda que a estratégia do partido será a de criar um “cunho de unidade” com o objetivo de pressionar senadores. “É importante dar às manifestações um cunho de unidade, de organização, para que possamos ter um grande movimento de massas, que será fundamental para mudar o pensamento dos senadores”, ressaltou.
O documento deverá ainda trazer um balanço dos últimos acontecimentos políticos e um posicionamento a favor da saída do Temer. Nesta terça-feira, 17, os dirigentes se reúnem novamente no Encontro do Diretório Nacional.