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Cunha diz que afastamento da Câmara é retaliação devido aprovação de impeachment

MP11 BSB DF 13 05 2015 CAMARA/MP 664 O presidente da Camara dos Deputados, Eduardo Cunha preside sessao extraordinaria destinada a analisar a MP 664/14 que muda as regras de pensao por morte. O deputado Carlos Zarattini (PT SP) relator da materia. FOTO: DIDA SAMPAIO/ESTADAO

   Após ser afastado da presidente da Câmara dos Deputados e suspenso da função de deputado federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) frisa que a medida tomada na tarde da última quinta-feira, 5, pelo Supremo Tribunal Federal (STF) foi uma retaliação por ter dado início ao processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT).

“Uma intervenção clara e nítida no Poder Legislativo, a tal ponto que o próprio ministro Teori afirmou em seu voto que não tem previsão na Constituição para o afastamento do presidente da Câmara e para a suspensão de mandato. Ele realçou isso ao fim do voto. Ele mesmo disse que foi feita uma construção”, destacou.

Cunha já confirmou que vai recorrer da decisão. “Não renuncio a nada, nem ao mandato nem à Presidência. Vou recorrer e espero ter sucesso”, disse ao questionar também porque o pedido de liminar foi apreciado pelo STF somente seis meses após a propositura da ação.

“Uma liminar seis meses depois já não tem urgência. Estranhamente essa ação cautelar está sendo votada depois do impeachment ter sido aprovado.”

Ele também faz referência ao Partido dos trabalhadores a quem atribui culpa pela decisão do STF de afastá-lo. “É obvio que tem um processo político por trás disso e que, em vários momentos, eu enfrento a contestação do PT, que gosta de companhia no banco dos réus”, ironizou. “É obvio que o fato de eu ter conduzido a sessão do impeachment, que culminou com a votação que teve, teria uma reação mais do que esperada.”

Por fim, o deputado federal questionou porque o STF não suspendeu o senador Delcídio Amaral do exercício do mandato, quando preso por tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato.

“Reparem que há pouco tempo o senador Delcídio do Amaral teve uma prisão decretada e não foi suspenso o exercício do mandato. Foi preso por obstrução à Justiça e no exercício do mandato”, lembrou Cunha.

 

 

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