Os deputados estaduais comentaram sobre a morte de mais um bebê na Maternidade Bárbara Heliodora. O fato mais recente ocorreu na quinta-feira da semana passada. De acordo com o pai da criança, a esposa teria chegado à maternidade na terça-feira, com a bolsa estourada, porém, somente na noite de quinta é que foi realizada uma cesárea para a retirada da criança.
O deputado Gehlen Diniz (PP) pediu que o parlamento estadual criasse uma (CPI) para apurar o assunto. “Mais uma morte de um bebê na Maternidade. Quantas crianças precisarão morrer até que alguém faça alguma coisa? sugiro a criação de uma CPI para apurar profundamente o que acontece naquele lugar”, salientou.
A deputada Eliane Sinhasique (PMDB) também comentou sobre o assunto. Para ela, é inaceitável que fatos como o que ocorreu na semana passada, na unidade de saúde, continue acontecendo. “Como mãe, como mulher, como parlamentar, como representante do povo, como agente de saúde que já fui um dia, não posso aceitar como normal o que vem acontecendo na Maternidade Bárbara Heliodora”, disse.
Eliane questionou o fato da não realização de cirurgias cesáreas quando necessária. “Sabemos que o melhor é o parto normal, disso ninguém discorda, porém, se está havendo sofrimento fetal e a mãe não possui dilatação para o parto normal, então que se proceda à cesariana. É lamentável deixar a mãe apavorada em uma espera interminável que pode resultar na morte do bebê”, disse.
O presidente da Comissão de Saúde da Aleac, deputado Raimundinho da Saúde (PTN) pontuou que os membros da comissão estarão se reunindo para deliberar as próximas ações acerca desse assunto. Segundo ele, o ideal é que fosse realizada uma conversa com Ministério Público para abrir uma sindicância na Maternidade.
“É uma situação delicada, sem sombra de dúvida, mas não podemos criar pânico entre as grávidas. O correto é que uma conversa se feita com o MP, que seja aberta uma sindicância para averiguar como a Maternidade tem tratado esses acontecimentos. Como ocorre a investigação por parte deles quando uma criança morre nessas circunstâncias, enfim, nós da Comissão de Saúde estaremos presente nesse debate”.