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Detentas fazem greve de fome e motim há 2 dias em presídio de Cruzeiro do Sul

Na Unidade Penitenciária Feminina Guimarães Lima, em Cruzeiro do Sul, 14 detentas foram identificadas e levadas à delegacia da cidade por liderarem dois motins em 48 horas. Há dois dias, as presas estão em greve de fome e pedem a presença do juiz e reivindicam transferência para suas cidades, pois, 70% da população carcerária do presídio é do interior do estado. Durante um motim nesta quarta-feira, 18, uma presa quebrou o tornozelo e foi levada ao hospital da cidade.

Em greve de fome, as presas lideram revoltas e incitam as outras colegas de cela a realizarem motim para chamar a atenção dos agentes. O primeiro foi na segunda, 16, e o segundo nesta quarta, quando as detentas começaram a fazer baderna e jogar comida pela grade das celas.

Segundo o diretor regional do Presídio Manoel Néri, Clinger Magalhães, a confusão começou por volta das 15h e a equipe de agentes precisou ser reforçada. “Tentamos verbalizar, mas sem sucesso, então, tivemos que fazer o uso de alguns equipamentos não letais para que o motim fosse cessado”, informou.

Magalhães informou que há dois dias as detentas estão fazendo greve de fome e algumas guardaram as marmitas para jogar fora das celas. “A grande reivindicação é a transferência. 70% das nossas detentas são de outros municípios e elas são as cabeças dessas movimentações, pedindo a transferência para as cidades de origem”, explica.

As 14 detentas encaminhadas para a Delegacia Geral devem responder por dano ao patrimônio público. Sobre a presa que teve o tornozelo quebrado, o diretor alega que foi um acidente. “Ela escorregou quando limpava o corredor que elas sujaram e deslocou o tornozelo. Foi levada ao hospital e já se encontra aqui medicada e tratada”, garante.

Presas jogaram comida das marmitas pelas grades (Foto Divulgação Iapen)

 

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