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Dia da Indústria: por que comemorar?

FIEAC trabalha para o fortalecimento do setor industrial

A Fieac é o braço político-institucional e representativo da indústria acreana na defesa dos interesses do setor e para a expansão das atividades econômicas

Desde a sua fundação, em 1988, a Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC) desenvolve uma série de ações que ajudam os empreendimentos a melhorar a qualidade e a competitividade dos seus produtos, a inovar em seus processos, a investir no aumento da produção, a criar empregos e gerar renda. Assim, a instituição relembra a sua história a fim de apresentar motivos para comemorar este 25 de maio, Dia da Indústria.

O sonho da criação de uma federação de indústria foi adiado durante mais de uma década. Trabalhando com tenacidade para alcançar esse objetivo, empresários industriais começaram a desenvolver ações, logo a partir de 1973, para se organizar em associações de classe, por grupo de atividades. Pela legislação daquela época, era o primeiro passo para a criação de sindicatos patronais. Exigia-se, também, um mínimo de cinco sindicatos para viabilizar uma instituição autônoma. Nesse período, a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) tinha sua jurisdição estendida ao Acre.

Não foi um processo fácil, mas após o reconhecimento oficial de cinco sindicatos, estavam reunidas as condições para implantar a Federação das Indústrias do Estado do Acre e, consequentemente, o desligamento da jurisdição da FIEAM – que sempre agiu como maior incentivadora para se alcançar essa independência. O primeiro sindicato a se organizar foi o da Indústria da Construção Civil do Estado do Acre (Sinduscon), em 1985, seguido pelo Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Estado do Acre (Sindpan), em 1986. Em 1987, foi homologada a instituição do Sindicato da Indústria de Serrarias, Carpintarias, Tanoarias, Madeiras Compensadas e Laminadas, Aglomerados e Chapas de Fibras de Madeira do Estado do Acre (Sindusmad). Ainda em 1987, ganha forma o Sindicato de Olaria do Estado do Acre (Sindoac), e, em 1988, é reconhecido o estatuto do Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Acre (Sindigraf).

Finalmente, em 7 de julho de 1988, os representantes sindicais, reunidos em assembleia geral, aprovam a fundação da entidade, que tem como presidente provisório, escolhido em escrutínio secreto, o empresário da construção civil, Naildo Carlos de Assis. Em 10 de dezembro do mesmo ano, a FIEAC elege, enfim, a sua primeira diretoria liderada pelo também empresário da construção civil, Jorge Wanderlau Tomás.

Assim, a FIEAC passa a desempenhar um papel preponderante no desenvolvimento do Acre. Torna-se um forte e fiel parceiro do poder público para a aplicação de políticas capazes de oferecer melhor qualidade de vida não só aos industriários como à comunidade acreana em geral. Hoje, a FIEAC congrega 10 sindicatos patronais da indústria, que representam empresas em todo o Estado. Empreendedores que geram emprego e renda e são responsáveis por mais de 20% do PIB acreano. A FIEAC é o braço político-institucional e representativo da indústria acreana na defesa dos interesses do setor e para a expansão da atividade econômica do Estado.

NASCIDO SOB PRESSÃO
As pressões políticas feitas pelos ambientalistas opondo-se à classe empresarial levaram as lideranças dos sindicatos da construção civil, panificação, cerâmico, madeireiro e gráfico a se unir em defesa de interesses do setor industrial acreano. Dessa união surgiu a FIEAC, hoje respeitada não só por defender a classe, mas por ser uma das instituições que mais contribuem para o desenvolvimento econômico e social do Estado do Acre.

“Éramos cinco sindicatos e todos recebiam ataques dos ambientalistas por um ou vários assuntos. Se eles estavam organizados para defender suas ideias, nós também precisávamos nos unir para defender as nossas. Fui, então, convidado para presidir a comissão provisória da FIEAC – que ainda estava em construção. Assim, fiquei por seis meses como presidente provisório e me orgulho de ter ajudado a construir a grande instituição que temos hoje”, declarou o empresário Naildo Carlos de Assis.

Unindo a classe industrial
Primeiro presidente eleito para dois mandatos consecutivos à frente da FIEAC, Jorge Wanderlau Tomás recorda que a instituição nasceu em um momento especial, pois o governador da época, Geraldo Mesquita, havia criado o Distrito Industrial de Rio Branco, gerando novas perspectivas para o setor em um Estado que ainda vivia com saudades dos tempos áureos da borracha, enquanto, na realidade, sua economia era sustentada pelos contracheques dos servidores públicos.

“Éramos considerados inimigos do meio ambiente, mas isto teve um efeito que acabou nos beneficiando, pois éramos um setor de empresas dispersas. Pressionados, tivemos de nos unir e, nesse contexto, nasceu a Federação das Indústrias”, recorda, para então relatar que: “A questão ambiental era discutida de modo emocional. A Federação acalmou os ânimos com debates e propostas equilibradas e mais maduras. Tanto era assim, que fomos à única federação do Brasil a ser convidada para participar e promover debates durante a Eco-92, quando tivemos como palestrante o ilustre Samuel Benchimol”, comenta Jorge Tomás.

Fortalecendo o Sistema Indústria 
Segundo presidente eleito para dirigir a FIEAC, João Oliveira de Albuquerque relembra grandes conquistas. Primeiro, na melhoria da gestão do próprio Sistema, unificando a administração do SESI, SENAI e IEL com a da Federação, sem afetar a liberdade de ação de cada instituição, ao mesmo tempo em que aumentou a interação entre estas instituições. Além de enxugar custos, essas mudanças permitiram atender com mais eficiência e qualidade as empresas e os industriários. “Durante o meu mandato, construímos o Parque Aquático, Pista de Atletismo, a Escola SESI e a sede do prédio onde funciona a Federação atualmente e toda administração do Sistema, com instalações modernas, que oferecem melhor qualidade de trabalho aos seus colaboradores”, garantiu.

Pelo desenvolvimento da indústria e do Acre

Em oito anos à frente do Sistema FIEAC, João Francisco Salomão priorizou a eficiência, trabalhou para dar maior visibilidade às instituições e participou ativamente dos debates políticos que, de variadas formas, afetaram os rumos do setor industrial no Estado. Em todas as grandes discussões – da distribuição das obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) aos embargos impetrados pelo Ministério Público, das eleições nacional e estadual de 2010 aos impactos da crise econômica mundial sobre o mercado interno -, Salomão sempre teve algo relevante a acrescentar.

“A FIEAC sempre esteve atenta aos possíveis reflexos na competitividade da indústria acreana, procurando antecipar-se aos possíveis danos na produtividade e atender aos novos fluxos de demandas”, enfatizou o empresário.

Durante os oito anos de mandato do engenheiro João Salomão, vários investimentos foram realizados no sentido de melhorar a infraestrutura das unidades do Sistema FIEAC, a citar: construção das unidades do SESISAÚDE, do Centro de Educação do Trabalhador, do Mini Ginásio do SESI, do Núcleo da Construção Civil do SENAI, da Unidade Integrada do SESI/SENAI em Cruzeiro do Sul (que foi inaugurada no mandato do empresário Carlos Sasai), além da ampliação da Escola SESI, da Escola SENAI Cel. Auton Furtado, da Pista de Atletismo do SESI, do Centro de Tecnologia da Madeira e do Mobiliário do SENAI, e das melhorias na sede da Casa da Indústria.

INTERIORIZAÇÃO
Aclamada pelos colegas e presidentes dos dez sindicatos filiados à FIEAC, a Chapa Consensual, liderada pelo então presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), Carlos Takashi Sasai, foi eleita para substituir uma gestão ininterrupta de oito anos do antecessor João Francisco Salomão.

A gestão de Sasai à frente do Sistema Indústria no Acre teve destaque para o Programa de Interiorização das Ações do Sistema FIEAC, que objetivou consolidar a indústria nos municípios e torná-las mais competitivas e sustentáveis. Assim, por meio de ações sindicais e de capacitações do SESI, SENAI e IEL, as unidades móveis e os profissionais do Sistema FIEAC percorreram o interior do Estado. O projeto teve início em outubro de 2013, em Brasileia, onde certificou 1,5 mil pessoas. Em 2014, passou por Tarauacá, com quase 2 mil participantes; Feijó, atendendo a 1,3 mil, e Sena Madureira, com 1,9 mil alunos.

DESAFIOS
Eleito por unanimidade, o empresário José Adriano Ribeiro da Silva assumiu a presidência da instituição no dia 1º de julho de 2015. Para os próximos anos do seu mandato, José Adriano reconhece que há muitos desafios a serem superados, dentre eles, o de colocar a FIEAC como protagonista no processo de definição de políticas públicas, bem como no de participação ativa das discussões de temas voltados ao desenvolvimento do Acre.

“Sei que a minha responsabilidade de ser representante da indústria acreana é imensa, mas estamos otimistas. Entendemos que o momento é de crise, mas temos consciência de que unidos e coesos seremos capazes de mudar essa realidade. Para tanto, mantemos uma relação estreita de confiança com os executivos estadual e municipal, bem como com os parlamentares acreanos”, acredita.

 

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