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“Temo pela minha vida”, afirma diretor da Escola Humberto Soares

Diretor faz denúncia sobre o real motivo das manifestações. (Foto: Brenna Amancio/ A GAZETA)
Diretor faz denúncia sobre o real motivo das manifestações. (Foto: Brenna Amancio/ A GAZETA)

Com ameaças de novas manifestações realizadas por grupos de alunos da Escola Humberto Soares, a direção aponta uma situação ainda não levantada até então sobre o caso. O gestor Ubiratam Rodrigues Lobo alega que os adolescentes podem estar sendo influenciados por alguns funcionários de dentro da escola. O motivo seria vingança.

“São apenas alguns alunos do ensino médio e do Poronga do turno da tarde que estão envolvidos nesse movimento com o intuito de tirar a direção da escola. Eles alegam que suas reivindicações são para melhoria da merenda, da água e da quadra de esportes, que não foi reformada. O problema é que essas reivindicações não comportam as manifestações, são desproporcionais”, aponta.

A primeira manifestação aconteceu no dia 20 deste mês. Os alunos da tarde chegaram soltando bombas e tentando quebrar os vidros das portas e janelas. Na ocasião, professores e membros da coordenação tiveram que permanecer em uma sala, com medo de sair e sofrerem algum atentado. Devido à gravidade da situação, a polícia foi acionada.

Mais de uma semana depois, o fantasma das manifestações continua. Segundo Ubiratam Rodrigues, o clima ainda é tenso devido ao temor dos professores e demais funcionários da escola. O próprio diretor admite que não deixa mais o carro estacionado dentro do terreno da escola. Eles já chegaram a furar os pneus do carro do policiamento escolar. “Temo, inclusive, pela minha própria vida. Estão todos com medo”.

No dia 23 houve reunião entre a gestão escolar e os alunos. Contudo, mesmo os encaminhamentos tendo sido fechados, nesta segunda-feira, 30, já se espalhava rumores sobre uma nova manifestação. Isso, segundo Ubiratam, seria um contra-tempo, tendo em vista as aulas serem suspensas todas as vezes.

O diretor Ubiratam denuncia que esses episódios, na verdade, estão sendo implantados por alguns funcionários que, por motivos pessoais, tentam se vingar da gestão. Essas pes-soas estariam influenciando os alunos. “Alguns desses funcionários estão mantendo o contato com os grupos de alunos por meio das redes sociais. Temos como provar, mas, até o momento, as providências estão sendo tomadas. Nossa maior preocupação é o adolescente. Temos que protegê-los”.

O diretor da Escola Humberto Soares alega que já encaminhou um relatório com a denúncia ao Ministério Público, Conselho Tutelar, Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) e à Secretaria de Estado de Educação (SEE).

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