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Upa vai virar policlínica e terá horário de funcionamento reduzido na Capital

O secretário estadual de Saúde, Gemil Júnior, anunciou, nesta terça-feira, 10, que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Tucumã, em Rio Branco, vai sofrer modificações no horário e tipos de atendimento, devendo se tornar uma policlínica. Apesar da placa de identificação no prédio, o gestor afirma que, na verdade, o local nunca foi uma UPA, cuja obrigatoriedade é funcionar durante 24 horas.

“Em 2009, com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (Cnes), a unidade se tornou uma policlínica. Nunca foi uma UPA. Em março de 2009, devido a uma grave crise de dengue, o governo teve o entendimento que era necessário fazer uma instalação de UPA. Não temos nem homologação e nem recebemos para manter aquele espaço. Vamos retomar”, diz.

De acordo com Júnior, com a mudança, marcada para o próximo dia 16 deste mês, o local passa a funcionar não até às 22h, como atualmente é feito, mas até às 19h. O secretário garante que, no entanto, que a unidade continua a funcionar durante todos os dias da semana, mas agora com a oferta de consultas com especialistas.

“Em uma UPA, existe rodízio de médicos e na policlínica é uma equipe fixa que vai dar um acompanhamento no tratamento das especialidades dos pacientes. Nós vamos tentar implantar especialidades como cardiologista, pediatra e ginecologista. Vamos ter uma equipe de residentes. Não vamos fechar, vai continuar atendendo de domingo a domingo”, fala.

O G1 procurou o Ministério da Saúde para confirmar se a UPA do Tucumã realmente nunca foi homologada para atuar como tal. Por meio da assessoria de comunicação, o órgão informou que não possui a incumbência de acompanhar a quantidade exata de unidades em um determinado local, tendo em vista que algumas podem ser construídas e mantidas com verba estadual.

Audiência pública
O anúncio da mudança foi feito na Assembleia Legislativa (Aleac), onde o secretário participava de uma audiência pública para prestar esclarecimentos sobre a Maternidade Bárbara Heliodora, também na Capital. No último dia 28 de abril, um bebê nasceu morto na instituição e a família acusa o Estado de negligência.

“Foi montada uma comissão pedindo esclarecimentos sobre a maternidade e nós viemos. Eu sempre tenho feito e continuarei fazendo a defesa dos médicos. Não posso aceitar, como secretário, que os médicos sejam acusados de não salvar vidas. Faço a defesa da classe. Tudo é apurado dentro da responsabilidade com muita cautela”, acrescenta. (Caio Fulgêncio / Do G1 AC)

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