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Jorge Viana defende que STF seja consultado quanto decisão de anular processo de impeachment

Jorge Viana defende que STF seja consultado quanto decisão de anular processo de impeachment

 O vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC) comentou na tarde de ontem, 9, sobre anulação do processo de impeachment na Câmara Federal, acatado pelo presidente em exercício, deputado Waldir Maranhão (PP). Ele defende a judicialização da questão.

“Essa é uma questão muito grave, que todos nós vamos opinar. Em minha opinião, ou devolve para a Câmara, ou no mínimo cabe uma consulta ao Supremo, haja vista que eles que fizeram o rito do impeachment e todas as vezes que tivemos dúvidas a respeito desse assunto, nós os procuramos e tivemos todas as nossas dúvidas foram sanadas. Creio que o correto a se fazer é isso. Com certeza essa questão vai ser judicializada”, disse ao questionar a possibilidade do processo transcorrer normalmente no Senado federal.

Quanto a criticas ao presidente da Câmara pelos demais senadores, Jorge Viana pediu cautela. Ele lembrou que Waldir Maranhão foi colocado no cargo de forma democrática.

“Temos que reconhecer que o Waldir Maranhão é presidente da Câmara dos Deputados no dia de hoje. Foi o próprio Supremo Tribunal Federal que o colocou ali. Eles erraram? Creio que não. Agora querer descredenciá-lo pelo fato de ter anulado o processo de impeachment é beirar a insensatez. Temos que ter mais cautela para debater esse assunto”.

Ele voltou a ressaltar que a votação na Câmara Federal foi viciada e que o afastamento de Eduardo Cunha comprova seu pensamento. “Do meu ponto de vista esse processo está viciado e a prova é o afastamento de Eduardo Cunha por 11 a 0 no Supremo. Está cada vez mais caracterizado que esse processo de impeachment é uma fraude”, disse Viana.

Até o fechamento desta edição, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), havia decidido não acatar a decisão de anular a aprovação do impeachment pela Câmara. Portanto, será mantido o cronograma da votação do processo do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff naquela casa legislativa.

 

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