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Ministro da Justiça e Beltrame vão tratar de investigação sobre estupro coletivo

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, vai se encontrar, nesta tarde, com o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, para tratar das investigações sobre o estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos, em uma comunidade da Praça Seca, em Jacarepaguá, zona oeste da cidade.

Já o governador em exercício do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, determinou prioridade máxima às investigações “até a identificação e a rigorosa punição dos envolvidos na barbárie”.

O governo estadual atua no caso com a inteligência da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática e o atendimento especializado da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, além do apoio operacional de outras delegacias e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). A Polícia Civil será incansável na solução do caso.

Segundo Dornelles, o que aconteceu com a adolescente é estarrecedor e inaceitável. “Estamos atuando em regime de prioridade, com total dedicação de nossas autoridades e profissionais, para que tenhamos uma rápida resposta à vítima e sua família e à sociedade. Também estamos dedicados ao fundamental acolhimento e ao amparo psicológico à adolescente e sua família, por meio da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos”, disse o governador.

 Entenda o caso

A menina de 16 anos que foi vítima de um estupro coletivo em uma comunidade da Zona Oeste foi levada na manhã desta quinta-feira para o setor de ginecologia do Hospital Maternidade Maria Amélia, que é anexo ao Souza Aguiar, para fazer exames. A polícia já identificou quatro dos criminosos, que terão as prisões preventivas pedidas. A vítima passou a madrugada no Instituto Médico Legal e já foi ouvida na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), que investiga o caso. O Ministério Público informou que está acompanhando o caso e que já recebeu 800 denúncias pela ouvidoria. Ao sair do hospital, a menor de idade, ainda muito abalada, disse que foi dormir na casa do namorado, na última sexta-feira, e só acordou no domingo.

“Quando acordei tinha 33 caras em cima de mim”, disse a menina, que tentou diversas vezes fugir do hospital. “Só quero ir para casa”.

Aos choros, o pai da menina, que pediu para não ser identificado, disse que o estupro ocorreu na última sexta-feira, no Morro São José Operário, em Praça Seca.

“Ela foi num baile, prenderam ela lá e fizeram essa covardia. Bagunçaram minha filha. Quase mataram ela. Estava gemendo de dor. Ficou tão traumatizada que só conseguia chorar.”

A avó da vítima, em entrevista à rádio CBN, disse que ela teria sofrido um apagão durante os abusos.

“O vídeo é chocante, eu assisti. Ela está completamente desligada. Ela tem umas coleguinhas lá, mas nessa hora nenhuma apareceu.”

Eles, inclusive, postaram diversos comentários a respeito, todos eles irônicos. As imagens do estupro coletivo causaram revolta nos internautas. A hashtag #Estupro chegou a entrar nos trending topics do país.

O homem que postou na internet o vídeo teve a conta excluída do Twitter. Nas imagens, a menina, que aparentemente está dopada, tem suas partes íntimas exibidas. O rosto de um dos agressores também aparece.

O homem que postou na internet o vídeo teve a conta excluída do Twitter. Nas imagens, a menina, que aparentemente está dopada, tem suas partes íntimas exibidas. O rosto de um dos agressores também aparece. (O Globo)

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